sexta-feira, 23 de novembro de 2012

A história que se repete.



Gn 26:27-29 - Disse-lhes Isaque: Por que viestes a mim, pois me odiais e me expulsastes do vosso meio? Eles responderam: Vimos claramente que o SENHOR é contigo; então, dissemos: Haja agora juramento entre nós e ti, e façamos aliança contigo. Jura que nos não farás mal, como também não te havemos tocado, e como te fizemos somente o bem, e te deixamos ir em paz. Tu és agora o abençoado do SENHOR.

Ao observar os dias atuais, com os ditos "palestinos" e sua guerra contra Israel, se compararmos com a parashah de Toledot (Gn 25:19 a 28:9) fica evidente a repetição constante da história. O que ocorria com os patriarcas há mais de quatro mil anos segue ocorrendo nos dias de hoje.

Nos dias de Isaque, ele, de quem Israel foi descendente, ao semear, colhia cem vezes aquilo que plantava,e enriqueceu, porque o Eterno o abençoava. (Gn 26:12)

Hoje, Israel, apesar de ser um país de pequena proporção em tamanho e população, é um país rico, desenvolvedor da mais alta tecnologia, inteligência, muitas faculdades, democrático. Por outro lado, os ditos "palestinos", apesar de terem a faixa de Gaza, nada produzem, a não ser uma nação de miseráveis, que sobrevive graças a tsedakah, e são governados sob uma ditadura de líderes terroristas, que possuem um único pensamento: destruir Israel. Não pensam em fazer o bem para o próprio povo.

Mas voltando à parashah, em Gn 26:14 fala que os filisteus tinham inveja de Isaque (por ser rico, abençoado por Deus) e enchiam de terra os poços que Isaque e seus trabalhadores cavavam. Por aí se percebe algo bem comum: que trabalha e cresce é invejado por aqueles que não trabalham, e claro, não crescem.
Hoje, os filisteus modernos invejam Israel, e já que eles mesmos não produzem para seu povo, atacam Israel, procuram destruir tudo de bom que Israel faz, querem ficar "com os poços de Isaque".

Israel tem agido como Isaque, deixando que os poços sejam enchidos com terra, aceitando que diariamente os filisteus (palestinos) lancem bombas em seus territorios, e por fim, cedendo os espaços para o filisteu em nome da paz, exatamente como Isaque fazia, cedendo os poços (que ele mesmo cavara aos inimigos, porque tudo que interessava a Isaque, e tudo que interessa a Israel é ter PAZ.

E se cumpre o que diz em Gn 26:27-29.
• Os que nos odeiam nos buscam propondo "paz".
• Eles veem claramente que o Eterno é conosco.
• Pedem o juramento de paz a Israel, pedem que Israel jure que não os atacará.
• Dizem: não nos ataquem, porque te fazemos somente o bem e te deixamos em paz.

Pura mentira! Sabemos que se existe algo de paz, é porque Israel, assim como Isaque, sempre trabalhou para isso, sempre cedeu "seus poços".

Infelizmente sabemos que não haverá paz para Israel enquanto Mashiach não vier, e por isso rezamos a cada dia que o Eterno "faça apressar o advento do seu Ungido, com a chegada de Mashiach," que instaurará um reino de paz sobre a Terra.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Chayeh Sarah: SEPULTA TEU MORTO! E VIVA!


(Na foto acima, o túmulo dos patriarcas, em Hebrom)

Quando morre alguém de nossa família, seja, pai, mãe, filhos, marido ou esposa, ficamos sempre arrasados, lamentamos, mas é preciso se levantar e seguir adiante. Foi isso que ocorreu com nosso patriarca Avraham. Quando Sarah, sua amada e única esposa de longa jornada faleceu, ele pranteou por ela, mas tinha que sepultá-la. Então, se levantou e foi negociar um local para o sepultamento. Até que chegou diante de Efrom.

Em princípio, ele aparentemente foi "generoso" querendo oferecer de graça, mas depois Efrom diz:
Gn 23:15 - Meu senhor, ouve-me: a terra é de quatrocentos siclos de prata; que é isto entre mim e ti? Sepulta o teu morto.
Ora, se eles estavam conversando, porque Efrom diria: meu senhor OUVE-ME? Na verdade ele dizia: "presta atenção, a terra é de 400 siclos de prata."
Abraão OUVIU, entendeu o recado e pagou.
Tem coisas na vida que só nós podemos fazer. Não dá pra ficar esperando favor dos outros, imaginando que alguem vai fazer por nós. Abraão nos ensina que sim, nos momentos difíceis, devemos "chorar o morto" e em seguida "levantar e seguir a vida."


Uma outra situação semelhante ocorreu com o Rei Davi; quando ele ordenou o censo dos israelitas, e o Eterno o castigou, com o anjo a ponto de destruir Jerusalém. Quando HaShem faz cessar o castigo, Davi diz: "Fui eu que pequei. Fiz o que era errado. Essas ovelhas, porém, o que elas fizeram? Por favor, que a Sua mão seja contra mim e contra a família de meu pai." (2 Sm 24:17) Aí ele inenta erguer o altar ao Eterno, no terreno que pertencia a um homem chamado Araúna (onde o anjo se deteve, para não destruir Jerusalém).
Araúna, generosamente oferece não apenas o terreno, mas também os animais para o sacrifício. E qual a resposta do rei Davi?
2 Sm 24:24 Porém o rei disse a Araúna: Não, porém por certo preço to comprarei, porque não oferecerei ao SENHOR, meu Deus, holocaustos que me não custem nada. Assim, Davi comprou a eira e os bois por cinqüenta siclos de prata.
Pirkê Avot diz: Se eu nao for por mim, quem será? Se nao for agora, quando será?
Nas situações difíceis, devemos entender que ou nos levantamos e seguimos adiante, ou vamos nos entregar e viver da ajuda alheia. O Eterno não quer isso... não precisamos que nos carreguem. Para nós vale o texto de Salmo 20:8 "Uns se encurvam e caem; nós, porém, nos levantamos e nos mantemos de pé."
 
Muitos anos mais tarde, Avraham faleceu e foi sepultado junto à Sarah, em Hebrom.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Abraão e a capacidade de interceder pelos outros


A parashah de Vaierah compreende o texto de Gn 18:1 a Gn 22:24.
 
Gn 18:20-22 Disse mais o SENHOR: Com efeito, o clamor de Sodoma e Gomorra tem-se multiplicado, e o seu pecado se tem agravado muito. Descerei e verei se, de fato, o que têm praticado corresponde a esse clamor que é vindo até mim; e, se assim não é, sabê-lo-ei. Então, partiram dali aqueles homens e foram para Sodoma; porém Abraão permaneceu ainda na presença do SENHOR.

 Que nosso patriarca foi um homem hospitaleiro todos já sabemos, mas depois que seus “visitantes” se foram, ele permaneceu em pé diante do Eterno. Porque?

Porque era hora dele INTERCEDER pelos demais homens.

HaShem havia acabado de dizer a Abraão que iria ver o que acontecia em Sodoma. Será que o Eterno não sabia o que se passava? Ele sabe, sempre sabe tudo!

Nos versos 17 e 18, Ele diz: “Ocultarei eu a Abraão o que faço, visto que Abraão certamente virá a ser uma grande e poderosa nação e nele serão benditas todas as famílias da terra?”

Qual era a intenção do Eterno ao falar a Abraão sobre Sodoma? A verdade é que nosso patriarca poderia ficar calado, pois o próprio Deus havia acabado de lhe dizer que ele seria uma poderosa nação. Deixa o Eterno destruir Sodoma, eles terão o que plantaram. Bem feito, diriam alguns!

Mas não, nosso patriarca sempre foi superior, sempre foi bom, generoso e não, não se achava o “ungido do Eterno, o único” e por isso, ele intercedeu junto ao Pai, dizendo: “destruirás também o justo com o ímpio?”

Aí começou a pedir ao Eterno que poupasse a cidade, por amor dos justos que lá havia. Começou com cinquenta, depois quarenta e cinco, quarenta, até chegar a dez, mas nem sequer dez justos haia, infelizmente.

O que difere o justo dos demais é que o justo não se coloca na posição superior. Abraão, ao interceder pelos homens dizia: “me atrevo a falar com o Senhor, ainda que sou pó e cinza”

Situação semelhante viveu Moshe Rabenu, quando o Eterno propôs-se a destruir os israelitas. Então nosso justo mestre dizia: “Ora, este povo pecou pecado grande, fazendo para si deuses de ouro. Agora, pois, perdoa o seu pecado; se não, risca-me, peço-te, do teu livro que tens escrito.” (Êx 32:31,32)

Pouco antes, o Eterno, diante do pecado do povo, fez uma tentadora proposta a Moshê. Vou destruir o povo, e fazer uma nova e grande nação a partir de ti. E nosso líder conseguiu demover o Eterno de tal pensamento. (Êx 32:9-14)

Sinceramente, quem de nós seria capaz de tal ato? Quem de nós seria JUSTO COMO MOSHÊ? Ou como Abraão?

Talvez fôssemos como Jonas, o profeta, que se negava a pregar a Nínive porque sabia que D-us era misericordiosoe perdoaria o pecado do povo. O livro de Jonas nos ensina muito sobre o que somos e o que deveriamos ser.

Muitas vezes ficamos chateados por causa da aboboreira que nos faz sombra, mas não movemos uma palha em defesa dos pecadores. Talvez porque nos achemos justos e merecedores, enquanto os outros são “grandes pecadores diante do Eterno”. Vá além, seja Abraão, seja Moshê.

Porque um certo sábio chamado Yeshua disse: “se a vossa justiça não  em muito a dos escribas e fariseus, de maneira nenhuma entrareis no reinos dos céus.” (Mt 5:20) Ele mesmo dizia: “não vim chamar justos, mas pecadores ao arrependimento”(Lc 5:32)
A ilustração acima traz uma imagem representativa da estória do fariseu e do publicano. Ela pode nos ensinar a ser mais Moshê, mais Abraão e menos Jonas.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Uma lição de Abraão: Brigar não vale a pena!

A parashah dessa semana, chamada Lech Lecha, vai de Gn 12:1 a Gn 17:27. E narra a história de Abraão, pelo menos em seu início, mas traz lições fantásticas, das quais, esse ano, meditaremos em apenas uma.

Gn 13:8 - E disse Abrão a Ló: Ora, não haja contenda entre mim e ti e entre os meus pastores e os teus pastores, porque irmãos somos.

Nessa porção temos o chamado do patriarca Avraham pelo Eterno e junto com ele foi seu sobrinho Ló. Algum tempo depois, o texto bíblico fala que Abraão era muito rico e Ló também tinha seus rebanhos e era tanto que a terra onde habitavam já não era suficiente para comportar todo o rabanho. Foi aí que os pastores do gado de Ló e de Abraão começaram a brigar. E qual foi a atitude do nosso patriarca?

“Não é legal ficarmos brigando, está aí a terra toda, escolhe qualquer um dos lados; se você for pra direita, eu vou pra esquerda e pronto.” Simples assim!

Abraão nos ensina uma grande virtude: Mesmo sendo “irmãos” é melhor se afastarem do que ficarem juntos brigando. Não haja contendas entre mim e ti, dizia ele. Eu não quero brigar, não vale a pena.

Eventualmente, mesmo estando em condição superior, vale a pena descer um degrau, em nome da paz.

Abraão era o “homem da promessa”, o que havia sido chamado por Deus; Ló era tão somente seu sobrinho, que decidira o acompanhar quando ele saiu de Harã. No entanto, mais uma vez a atitude do patriarca nos dá um show de humildade. Ele permitiu que Ló escolhesse onde queria habitar. Abraão poderia dizer: “Ló, eu sou o escolhido do Eterno, o chamado por Ele, portanto, eu lhe digo que vá embora, que pegue o lado ruim da terra...”

Ao permitir que Ló escolhesse para que lado iria, ambos revelam sua personalidade e caráter.

• Ló: poderia dizer: “não tio, você é o escolhido de Deus, fique com a melhor parte, escolha e eu fico com o que sobrar.” Ou melhor ainda: “de jeito nenhum, meu tio, se nossos pastores estão brigando, mandemos eles embora, mas nunca me separarei de ti.” Essa foi a atitude de Rute, a moabita, diante de sua sogra Noemi. “Não me instes para que te deixe,... só a morte me separará de ti.” (Rt 1:16,17)

Ló olhou para as campinas do Jordão, bem regada, e armou suas tendas até Sodoma. Aí o texto bíblico diz: “Eram maus os varões de Sodoma e grandes pecadores contra o Senhor”. (Gn 13:10-13) Para ele, o importante era ter o melhor lugar para seu gado, ainda que os habitantes sejam maus, ainda que eu habite junto às tendas da impiedade, ainda que isso seja perigoso às minhas filhas.

• Abraão: Não se importava com os bens, para ele valia mais a paz. Abraão não se interessou no melhor lugar, pois para ele, o melhor lugar é a companhia do Eterno. Onde ele ia armando suas tendas, fazia um altar ao Senhor e o Eterno era com ele. (Gn 13:18)

Ló, mais tarde, pagou o preços de suas escolhas, e Abraão, misericordio como sempre (sem rancor) saiu em auxílio de seu sobrinho.

A mesma atitude e característica de Abraão estava presente em seu filho Itschak, quando este teve seus poços sendo enchidos de terra pelos filisteus invejosos (Gn 26:12-15) e Isaque não brigava, antes, em nome da paz, saía. Preferia perder do que arrumar encrenca. Ele cavou mais poços e seus inimigos seguiam mentindo, brigando pelas águas, e Isaque tolerava, saía e cavava outro poço, até que tivesse finalmente paz. (Gn 26:18-25).

Aprenda com Abraão e Isaque, nossos patriarcas, e eventualmente saiba perder, prefira perder, em nome da paz, mas para onde o Eterno te levar, também seja como nossos patriarcas, erga um altar ao Senhor e o louve por sua infinita bondade e misericórdia. Porque nem sempre o vencedor é aquele que está no lugar mais alto do podium.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Lições da Unidade na Torre de Babel


Gn 11:1 - Ora, em toda a terra havia apenas uma linguagem e uma só maneira de falar.
Depois de descerem da Arca, Noach e seus filhos repovoaram a terra, e à medida que as famílias se multiplicavam  eles iam aumentando os limites de sua habitação.
Todos eram “irmãos” uma única nação. Ninguém se sobrepunha sobre os demais, afinal eram uma mesma “família”.

A unidade é algo bom, importante, tanto que na sua oração, Yeshua dizia: “Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós... Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu, em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um. (Jo 17:11,21,22)
Quando somos UM, manifestamos a fé no Mashiach.

Mais tarde, quando Shaul HaShaliach já lidava com divisões na Kehilah de Corinto, ele disse: “Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Yeshua HaMashiach, que digais todos uma mesma coisa e que não haja entre vós dissensões; antes, sejais unidos, em um mesmo sentido e em um mesmo parecer.” (1 Co 1:10)

O próprio Eterno, ainda no texto de Gn 11, diz: “Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e, agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer.” (Gn 11:6)

Não há restrições, tudo o que um conjunto unido pretende, ele será capaz de executar. O problema é que a união também faz a força no sentido contrário, para o mal.
No caso dos descendentes de Noach, o mal foi a ambição por “tornarem-se célebres”. Basta ler o texto em Gn 11:4:
“Vinde, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo tope chegue até aos céus e tornemos célebre o nosso nome, para que não sejamos espalhados por toda a terra.”

Diz o sábio Hillel, em Pirkê Avot: “todo aquele que quer muita celebridade, perde a que já possui.” (Avot 1:13) Quando você acha que só você sabe fazer as coisas direito, que só você é capaz disso ou daquilo, que as pessoas deveriam reconhecer seu mérito, tudo o que você faz deixa de ter valor, porque o faz apenas para ser reconhecido. Ter seu nome como de alguém “célebre, importante” não significa nada, pois o que vale é termos nosso nome inscrito no único lugar realmente de valor: o LIVRO DA VIDA.

No texto de Shaul aos Coríntios, ele dizia: “cada um diz... eu sou de Paulo, eu de Apolo e eu de Cefas...” pra quê isso? Porque a divisão estava sendo causada porque alguém achava seu líder melhor, maior ou mais importante. E ele segue: “dou graças a D-us, porque a nenhum de vós batizei.” (1 Co 1:12-14)

Quer ver a Congregação crescer? Reconheça que todos somos importantes, e que ninguém, absolutamente ninguém é melhor do que os outros. Até porque, João Batista, o grande homem que batizou a Yeshua, o Mashiach, dizia: “Convém que ele cresça e que eu diminua.” (Jo 3:30)

A união é boa, diz o salmo: “Quão bom e agradável é que os irmãos vivam em união.” Mas para ser boa, tem que ser por um propósito bom. Se o propósito algum dia for fazer com que seu nome seja célebre, já perdeu seu valor. Pense nisso!

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Começo certo para um rapaz perdido!

Nessa semana recomeçamos o estudo da Torah, com a porção de Bereshit (Gn 1:1 a Gn 6:8) e eu especificamente, estarei celebrando a união de um jovem casal de amigos.
Como sempre acreditei, o Eterno faz tudo no tempo certo, e se fizéssemos aquilo que Ele, nosso Criador, nos recomendou, viveríamos muito melhor.
Em Gn 2:18 temos: “E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele” Com frequência vemos jovens perdidos por aí, sem rumo, e por vezes achando que estão certo, mas como sempre acontece, estão enganados. Já no primeiro homem, Adam, o Eterno viu que não era bom o homem viver sozinho. Ele precisava de uma adjutora, uma ajudadora, idônea, que se preocupasse com ele e cuidasse dele.
Não precisa ir muito longe, é na verdade bem simples, basta olhar para os lados e temos exemplos diários desde coisas corriqueiras. Quantos homens você conhece que sabem se virar sozinhos? Se virar que digo é se vestir adequadamente, roupa sempre limpa e passada, se alimentar na hora certa (alimentar, não comer porcarias pelas ruas) cuidar da sua aparência, higiene pessoal, etc? A maioria dos homens precisa de alguém que cuide deles, que os faça se alimentar na hora certa, que cuide das suas roupas, que avise que está na hora de comprar um calçado novo para ele; se não tem uma esposa, o homem não sabe viver.
Na sequência, o Eterno fez com que o homem se deitasse, dormisse e aí todos sabemos que Ele formou, a partir da costela de Adam, a mulher, chamada Eva. Adão feliz, disse: “Essa é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne.” E ambos estavam nus e não se envergonhavam. (Gn 2:21-25).
Essa era a vontade do Eterno. O homem e sua esposa, a ajudadora, sempre ao seu lado, o apoiando; uma única pessoa diante de quem ele fica nu (ele se revela por inteiro, chora, ri, compartilha de todos os momentos) sem se envergonhar.
E como eu brinco de vez em quando com os jovens, um rapaz solteiro é uma pessoa deficiente, pois falta-lhe uma costela. E uma moça solteira então, que é só uma costela, e falta-lhe todo o restante do corpo? Na verdade, não importa o tamanho do pedaço do corpo que foi tirado do homem, o que vale é que ele só será completo com uma esposa ao seu lado.
Jovem, se a vida lhe parece incompleta, mesmo cheio de amigos ao seu lado, é porque sua vida sempre será incompleta, até que você se dê conta de que o conselho do Eterno ainda permanece: NÃO É BOM QUE O HOMEM ESTEJA SÓ!
Mas lembre-se: “há tempo para todas as coisas debaixo do céu” (Ec 3) Faça a coisa certa, procure um casamenteiro, se disponha a aceitar os conselhos, e perceba que o casamento é parte de uma vida plena segundo a vontade do Eterno.

Claro que a meditação não se resume a isso, há inúmeros conselhos a serem dados, tanto a solteiros quanto a casados (mesmo de longa data) para uma vida cheia de alegria, mas isso fica para a explanação da parashah ao vivo com o rosh, dentro da kehilah! Shabat shalom! Que todos tenham um shalom Bayt para desfrutar sempre!

** A foto acima é de um casal amigo de longa data, de Campinas, que se uniram em março de 2012, a Zelinha e o Zahav.

domingo, 30 de setembro de 2012

Sucot e a alegria?

1 Rs 8:65,66 - No mesmo tempo, celebrou Salomão também a Festa dos Tabernáculos e todo o Israel com ele, uma grande congregação, desde a entrada de Hamate até ao rio do Egito, perante o SENHOR, nosso Deus; por sete dias além dos primeiros sete, a saber, catorze dias. No oitavo dia desta festa, despediu o povo, e eles abençoaram o rei; então, se foram às suas tendas, alegres e de coração contente por causa de todo o bem que o SENHOR fizera a Davi, seu servo, e a Israel, seu povo.

A Festa de Sucot tem que nos trazer esse renovo, essa alegria, onde rei e súditos se abençoam e todos voltam alegres para suas tendas por todo o bem que HaShem os concedera. Mas porquê nem sempre é assim? Porque talvez em algum momento deixemos de olhar para todo o bem que recebemos e voltamos nossos olhos para os problemas.

Essa noite não conseguia dormir e me lembrei do filme Ushpizin, quando, o personagem principal (também chamado de Moshê) Moshê Belanga, corre desesperado e ora a HaShem, pedindo: “Eu não quero ter raiva, eu não quero ter raiva” e só aí, só depois disso, ele foi abençoando, com sua esposa ficando grávida de um menino. No fim, ele percebe que as pessoas que o estavam perturbando, apenas cumpriam um propósito de Deus: fazer com que ele pudesse controlar e se livrar desse sentimento ruim. As vezes, acontecimentos e pessoas parecem fazer de tudo para nos irritar, mas se controlarmos nosso Yetser Hará, encontraremos a bênção do Eterno ao fim de Sucot. Sucot é a época que nos faz perceber que todos somos iguais.

Assim como ricos e pobres na morte são todos iguais, em sucot, todos somos iguais. Todos precisamos fazer nossa própria cabana (o patrão não deveria mandar o empregado fazer a cabana para ele) e ali comermos, nos assentarmos e lembrarmos da providência divina. A sucá tem seu objetivo, que, ao nos recolhermos e vivermos nela por apenas sete dias, isso deveria nos tornar mais humildes e dependentes de HaShem.

Não existe nenhuma pessoa melhor que Avraham Avinu, nosso patriarca, para nos ensinar o conceito de humildade e dependência de HaShem. Em Gn 13:2-4 diz: “Era Abrão muito rico; possuía gado, prata e ouro. Fez as suas jornadas do Neguebe até Betel, até ao lugar onde primeiro estivera a sua tenda, entre Betel e Ai, até ao lugar do altar, que outrora tinha feito; e aí Abrão invocou o nome do SENHOR.” Mesmo sendo rico, cheio de gado, ouro e prata, Avraham habitava em tendas, e invocava o nome do Senhor. Ele, apesar de toda a riqueza, desejava viver sempre numa situação provisória, para nunca perder sua sensação de dependência do Eterno.

Então, fica a dica para esse sucot. Não confie nas riquezas, não fique com raiva, achando que o mundo é injusto com você, que você merece ser melhor tratado, que todos deviam te reconhecer, aprenda a confiar e a depender do Eterno. Quem sabe assim sejamos abençoados! Chag Sameach Sucot! Que no fim dessa semana estejamos como nos dias de Shlomo HaMelech, nos abençoando uns aos outros, e voltando para casa felizes e contentes por todo o bem que o Eterno nos proporciona sempre.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Yom Kipur, mais que perdão, reflexão.


Normalmente há duas ocasiões onde buscamos ao Eterno. A primeira é quando estamos em dificuldades, seja financeira, de saúde, ou qualquer outro tipo, e a segunda é no dia de Yom Kipur, quando jejuamos e pedimos perdão. Mas há uma condição de nossa prece ser aceita diante do Eterno. Vemos isso quando Shlomo HaMelech acabara de erguer o Beit HaMikdash, e o Eterno aparece a ele:
2 Cr 7:12-14 - De noite, apareceu o SENHOR a Salomão e lhe disse: Ouvi a tua oração e escolhi para mim este lugar para casa do sacrifício. Se eu cerrar os céus de modo que não haja chuva, ou se ordenar aos gafanhotos que consumam a terra, ou se enviar a peste entre o meu povo; se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra.



A condição é TESHUVAH, arrependimento, retorno. Quando sua terra (sua vida) estiver seca, sem chuva e os gafanhotos estiverem consumindo tudo, é sinal de que precisa se despertar. Para quê? Para, humildemente orar, buscar ao Eterno, e se converter dos seus maus caminhos.
Isso significa que se você mudar, D-us muda sua vida e mais importante, Ele perdoa os pecados e sara sua terra.
Existem três coisas difíceis de serem aceitas pelas pessoas e por isso resistimos tanto:
1) RECONHECER QUE ESTÁ ERRADO.
2) PEDIR PERDÃO.
3) MUDAR.

Um exemplo disso está na história de Naamã. Vejamos sua história:
• 2 Rs 5:1 - Homem grande, general da síria, porém leproso.
• 2 Rs 5:3 - Uma jovem israelita, sua serva, lhe oferece a solução.
• 2 Rs 5:5 - O rei e Naamã acham que uma oferta basta para conseguir o que precisam.
• 2 Rs 5:10 - O profeta ordena que Naamã se banhe sete vezes no rio Jordão.
• 2 Rs 5:11-12 - Naamã se recusa a obedecer, acha ridícula a idéia, pois sente que os rios de Damasco são melhores.
• 2 Rs 5:13 - Pessoas o aconselham a obedecer, pois o que foi dito era algo fácil. Não obedeceu ao profeta, mas escutou os outros, seus servos.
• 2 Rs 5:14 - Depois de obedecer, foi curado da lepra.
Essa história é muito semelhante à das pessoas hoje. Se acham importantes e não se dão conta que estão leprosos. Por se acharem importantes, não aceitam ordens do profeta (ou do rosh) e preferem seguir leprosos. Acham que basta dar uma boa oferta e está tudo certo, mas assim como Naamã continuam leprosos. Obedecer seria sinal de fraqueza, algo inconcebível e ridículo. Assim como os rios de Damasco, acreditam que suas idéias são melhores, mas continuam leprosos. Depois de ouvir outras pessoas, aceitam obedecer (mas não ao rosh, aceitam porque foi conselho de pessoas "suas amigas") Por obedecer, alcançam a cura... aí pergunto: Não teria sido mais fácil obedecer logo ao profeta?
Naamã precisou reconhecer que estava errado, os rios de Damasco não eram melhores que o Jordão, precisou ouvir seus servos e pedir perdão, indo atrás do profeta que ele mesmo havia rejeitado obedecer e finalmente precisou mudar. Mudar de opinião, mudar conceitos, mudou, aceitou o Jordão e foi curado.
Se você acha dificil jejuar 25 horas, se você acha dificil teshuvah, obedecer... pense em Yeshua.
Jo 13:1 - Yeshua, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim.
2 Co 5:14 - Porque o amor do Mashiach nos constrange...
Foi fácil para ele?
Mt 26:39 - E, indo um pouco adiante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres.
 Boa reflexão e bom jejum pra todos nós... e que sejamos inscritos no Livro da Vida.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Rosh HaShanah e Yom Kippur


Em Rosh Hashaná, após a prece da noite, cumprimentamos todos falando: Leshaná Tová Ticatêv Vetechatêm (que sejas inscrito e selado para um ano bom). Mas o que faz de um ano bom? Que mudanças queremos para esse ano? Mais do que as mudanças que buscamos para o ano novo, precisamos ver as mudanças que já passamos ao longo dos anos. Vamos nos inspirar na história de nossos patriarcas...

Abraão vivia bem em Ur, mas chamado pelo Eterno, ele teve que optar entre seguir a vida, ou MUDAR. Mas ao mudar, não sabia de tudo que o esperava.

A Torah declara em Gn25:7,8 que Abraão morreu feliz, aos 175 anos. Deus fez dele pai de uma grande nação. Mas se ele não tivesse aceitado MUDAR para algo novo, o que seria dele? Talvez um bom homem, casado com Sarah, que morreria sem filhos.

Jacó, a segunda geração após Abraão, saiu de casa fugido do irmão gêmeo, e na casa de Labão, nao se deu conta, mas Deus estava mudando sua vida, até que quando saiu, percebeu a mudança e disse: “sou indigno de todas as misericórdias e de toda a fidelidade que tens usado para com teu servo; pois com apenas o meu cajado atravessei este Jordão; já agora sou dois bandos.” (Gn 32:10)

Mas de repente Jacó viu os rumos de sua família se desviarem, Diná foi seduzida, Simeão e Levi se tornaram conspiradores da morte de um povo todo, os siquemitas. Era preciso uma mudança. Para uma mudança verdadeira, Yaakov nos ensina que precisamos de três coisas:

Gn 35:1-3 - Disse Deus a Jacó: Levanta-te, sobe a Betel e habita ali; faze ali um altar ao Deus que te apareceu quando fugias da presença de Esaú, teu irmão. Então, disse Jacó à sua família e a todos os que com ele estavam: Lançai fora os deuses estranhos que há no vosso meio, purificai-vos e mudai as vossas vestes; levantemo-nos e subamos a Betel. Farei ali um altar ao Deus que me respondeu no dia da minha angústia e me acompanhou no caminho por onde andei.

1) Lançar fora os deuses estranhos.

2) purificai-vos.

3) mudar as vossas vestes.

 

Uma mudança no sentido contrário não subsiste. Só aí podemos construir um Altar ao Eterno. 

Rm 12: 2 - E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

Renovar a nossa mente, abrir mão de velhos costumes, tradições, idéias e transformarmos para experimentar a vontade boa e agradável e perfeita do que HaShem quer para nós.

Jl 2:12-16 - Ainda assim, agora mesmo, diz o SENHOR: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, com choro e com pranto. Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao SENHOR, vosso Deus, porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal. Quem sabe se não se voltará, e se arrependerá, e deixará após si uma bênção, uma oferta de manjares e libação para o SENHOR, vosso Deus? Tocai a trombeta em Sião, promulgai um santo jejum, proclamai uma assembléia solene. Congregai o povo, santificai a congregação, ajuntai os anciãos, reuni os filhinhos e os que mamam; saia o noivo da sua recâmara, e a noiva, do seu aposento....

Mas e aí, se eu mudo, o que acontece?

Jl 2:23-27 - Alegrai-vos, pois, filhos de Sião, regozijai-vos no SENHOR, vosso Deus, porque ele vos dará em justa medida a chuva; fará descer, como outrora, a chuva temporã e a serôdia As eiras se encherão de trigo, e os lagares transbordarão de vinho e de óleo. Restituir-vos-ei os anos que foram consumidos pelo gafanhoto migrador, pelo destruidor e pelo cortador, o meu grande exército que enviei contra vós outros. Comereis abundantemente, e vos fartareis, e louvareis o nome do SENHOR, vosso Deus, que se houve maravilhosamente convosco; e o meu povo jamais será envergonhado. Sabereis que estou no meio de Israel e que eu sou o SENHOR, vosso Deus, e não há outro; e o meu povo jamais será envergonhado.

Sempre é tempo de mudar, mudar o que vale a pena mudar, converter nosso coração e ser abençoado pelo Eterno.

Assim, teremos nosso nome inscrito e selado para um ano bom... maravilhoso, agradável... e quem sabe, HaShem nos permita perceber o quanto a mudança valeu a pena!

Se você já serve ao Eterno, é tempo de refletir, como Yaakov, no quanto você já teve sua vida mudada, quantas bênçãos recaíram sobre sua vida e família. Mas por outro lado, se passa por dificuldades, talvez seja tempo de uma mudança verdadeira. Esses dias de introspecção estão aí para nos fazerem refletir, lançar fora os deuses estranhos, purificarmo-nos e aí sim, mudarmos de roupa, exterior.

Mudemos por dentro e veremos que por fora, nossa roupa não fará tanta diferença assim. Shanah Tovah! E que o Yom Kippur marque um jejum verdadeiro, de santidade, e de MUDANÇAS! Pessoas se preocupam com mudanças exteriores, pessoas sábias se preocupam com o interior.

terça-feira, 31 de julho de 2012

Deus perto ou Deus longe?


Na parashah dessa semana, Vaetchanan (Dt 3:23 a Dt 7:11) Moshê segue seu discurso ao povo de Israel, e diz: Pois que grande nação há que tenha deuses tão chegados a si como o SENHOR, nosso Deus, todas as vezes que o invocamos?”  (Dt 4:7)
Com isso, nosso mestre mostrava aos israelitas que eles tinham um grande privilégio, pois nenhum outro povo tinha acesso a seus deuses de forma tão fácil, e mais do que isso, nenhuma outra nação tinha D-us tão perto de si.
Como sempre, a maioria das coisas possuem um lado bom e o lado ruim. De bom, saber que D-us estava perto, mas isso tinha uma condição: “Nos aproximarmos dEle.”
Diferente do que muitas pessoas fazem hoje, exigindo que D-us mude sua vida, que cure as doenças, que sejam prósperos, pois não aceitam isso ou aquilo... nós precisamos saber que assim como um pai tem prazer em ser generoso e estar ao lado de seu filho obediente, o Eterno D-us tem prazer em que sigamos Seus mandamentos, e por isso Moisés prossegue dizendo: “E que grande nação há que tenha estatutos e juízos tão justos como toda esta lei que eu hoje vos proponho? Tão-somente guarda-te a ti mesmo e guarda bem a tua alma, que te não esqueças daquelas coisas que os teus olhos têm visto, e se não apartem do teu coração todos os dias da tua vida, e as farás saber a teus filhos e aos filhos de teus filhos.” (Dt 4:8,9) Foi D-us quem nos deu as leis, estatutos e juízos justos, e ao seguí-los, temos a plena certeza de estarmos fazendo o que é certo. Mas voltemos ao contexto de D-us perto, D-us longe.
Somos nós é que decidimos se queremos viver sentindo Sua presença bem perto. O profeta Isaías nos disse: “Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça.”

Se queremos ser ouvidos por Ele, se queremos sentir Sua mão estendida na nossa direção, Seus ouvidos voltados para nossa prece, é necessário andarmos de acordo com Ele, guardando Seus mandamentos. Simples assim...

É como aquela antiga brincadeira de quando éramos crianças e tinhamos que procurar por algo. Aí alguém dizia: “Tá frio... tá frio... tá esquentando, tá quente....” E assim seguia até encontrarmos o que estava escondido.
Quando pecamos voluntariamente, quando abandonamos a vontade de D-us, e quando O buscamos, Ele mesmo nos diz: “Tá frio, tá frio, tá congelando.” Por outro lado, quando somos bons filhos, obedientes, D-us diz: “Tá quente! Achou!”
São nossas iniquidades que nos dizem se sentimos D-us perto ou longe de nós. Se você está longe do Senhor, ainda há uma solução, como é dito: “se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra.” (2 Cr 7:14)
Quer D-us perto? então corra atrás disso, e comece a ouví-lo te dizer: “Tá esquentando, tá esquentando...” Pense nisso!

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Pinechas e o vestibular mais importante





Nessa parashah tem novamente o relato da contagem dos israelitas. Existem dois aspectos importantes nessa nova contagem que precisam ser analisados. A quantidade de pessoas e quem eram elas.

Primeiro analisemos a quantidade: Em Nm 26:51, temos: “São estes os contados dos filhos de Israel: seiscentos e um mil setecentos e trinta.” Esse é praticamente o mesmo número daqueles que foram contados tão logo os israelitas saíram do Egito: Em Nm 1:46 (um ano depois da saída do Egito) temos: “todos os contados foram seiscentos e três mil quinhentos e cinqüenta.”
Bom, aí alguém pode pensar que depois que os Israelitas saíram do Egito, morreram poucos, pois a diferença entre os que saíram e os que estavam por entrar na terra prometida, após quase quarenta anos de caminhada, é de exatos 1820 pessoas. Como pode ser essa contagem? E os que morreram nas pragas (só em Coré, foram 14700 homens e na praga por causa de Peor foram mais 24000).

Moshê nos traz a resposta, quando ele já contava os israelitas que entrariam na terra, já discutia a divisão das terras entre as tribos, e aí diz:
Nm 26:64-65 - Entre estes, porém, nenhum houve dos que foram contados por Moisés e pelo sacerdote Arão, quando levantaram o censo dos filhos de Israel no deserto do Sinai. Porque o SENHOR dissera deles que morreriam no deserto; e nenhum deles ficou, senão Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num.
Os que saíram do Egito são como aqueles que entram no ensino fundamental... todos têm um objetivo final: Passar no vestibular! No caso deles, entrar na terra prometida.
E como eles passaram, assim é a nossa vida. Entramos no pré, depois nove anos de ensino fundamental, depois mais três de segundo grau e aí vem o temido vestibular: Você estuda, estuda, estuda e quer ver seu trabalho coroado com seu nome na lista dos aprovado não é?

No vestibular da Terra Prometida, que foi muito mais difícil, dos 603.550 alunos, só 2 foram aprovados. Todos os demais que entraram, eram de uma nova geração de alunos.
Nossa teshuvah pessoal representa o mesmo processo, onde todos partem em rumo de um objetivo, chamado Olam Habah. No deserto, muitos já caíram, outros cairão, mas quem estará de pé ao fim da jornada? Só os Josués e os Calebes, que perseveraram o tempo todo, no caminho certo. Pense nisso! Quer ver seu nome na lista de aprovados do Mundo Vindouro? Então se prepare hoje. Não perca seu tempo precioso em coisas que só tirarão seus olhos do objetivo final. Dedique-se porque não há nada mais gratificante do que olhar seu nome na lista dos aprovados, de preferência com louvor!

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Nassó - A oferta que é aceita



Nm 7 fala das ofertas dos príncipes dos povos, quando Mosheh ungiu e santificou os utensílios do Tabernáculo. Eles trouxeram seis carros cobertos e doze bois; um carro para cada dois príncipes e um boi para cada príncipe (Nm 7:3) Mosheh recebeu as ofertas.

A seguir, cada príncipe traria sua própria oferta para a estréia do altar, um por dia,durante os doze primeiros dias... mas se formos atentos perceberemos que cada um, desde Aminadab, da tribo de Judá, até Achirá, da tribo de Naftali, todos trouxeram a mesma oferta:
1 prato de prata de 130 siclos.
1 bacia de prata de 70 siclos, com flor de farinha
1 taça de 10 siclos de ouro, com incenso
1 novinho, 1 carneiro, 1 cordeiro (os três com um ano)
1 cabrito para oferta de pecado
Para oferta de pazes
2 touros, 5 carneiros, 5 bodes, 5 cordeiros de um ano

Então porque a Torah leva 70 versos para ficar repetindo a mesma oferta? Não seria mais fácil colocar que todos os príncipes trouxeram suas ofertas, tal e tal... num total de doze pratos, doze bacias, etc...
A oferta de cada um tem sua importância, formando um todo. Ainda que todos tenham doado exatamente o mesmo, era importante mostrar que cada um deu sua oferta especial. Foram os doze primeiros dias da "inauguração do Mishkan."
1 Cr 29:17 Bem sei, meu Deus, que tu provas os corações e que da sinceridade te agradas; eu também, na sinceridade de meu coração, dei voluntariamente todas estas coisas; acabo de ver com alegria que o teu povo, que se acha aqui, te faz ofertas voluntariamente.


Ofertas que tem valor são aquelas que são sinceras, voluntárias e que procuram agradar ao Criador. Foi isso que ocorreu com os que doaram ofertas para o Templo, nos dias do rei Davi.Por isso, Davi disse:


1 Cr 29:18 Senhor, Deus de nossos pais Abraão, Isaque e Israel, conserva isso para sempre no intento dos pensamentos do coração de teu povo; e encaminha o seu coração para ti.

Que esse espírito seja sempre conservado dentro de nós, com coração voltado para o Eterno, e nossas ofertas sejam recebidas por Ele como algo sincero e de coração voluntário, tal qual cada uma (digna de ser citada na Torah) das ofertas dos príncipes das tribos de Israel, na inauguração do Mishkan.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Dízimos, pego ou não pego? Eis a questão


O fim do livro de Vayikrah fala de votos que fazemos a HaShem, dizendo daquilo a que consagramos para o Eterno, coisas que passam a ser "santas" ao Senhor.

Uma das coisas mais claras que pertencem ao Senhor e que, portanto, não nos são permitidas ao uso, são os dízimos. Sabemos que há três tipos de dízimos:

1) O sacerdotal, que entregamos à Casa do Tesouro, usado para administrar as coisas santas, com o mantenimento dos sacerdotes.

2) O dízimo das festas, que funciona basicamente como uma poupança particular, em que nos preparamos para as festas. Quem guarda o segundo dízimo nunca, jamais precisará dizer que está sem dinheiro para celebrar alguma das festividades do Eterno.

3) O dízimo dos pobres, que era dado a cada três anos, e ajudava a suprir as carências dos pobres dentre o povo. Se você dá o dízimo do pobre, isso deve fazer de você alguém grato por tudo que recebe do Eterno, e que Ele, em Sua bondade, não permita nunca que necessitemos da ajuda alheia, mas que todas as nossas carências sejam supridas dentro de nosso povo.

O dízimo também nos ensina sobre a generosidade Divina, pois ficamos com 87% de tudo que recebemos, sendo que nesse caso o segundo dízimo pertence a nós mesmos. Além disso, devemos aprender uma grande lição: Não gastar além do que ganhamos, pra não necessitarmos usar daquilo que não nos pertence. Dito isso, vamos ao texto da Torah:
Lv 27:30-32 Também todas as dízimas da terra, tanto dos cereais do campo como dos frutos das árvores, são do SENHOR; santas são ao SENHOR. Se alguém, das suas dízimas, quiser resgatar alguma coisa, acrescentará a sua quinta parte sobre ela. No tocante às dízimas do gado e do rebanho, de tudo o que passar debaixo do bordão do pastor, o dízimo será santo ao SENHOR.Às vezes não compreendo a dificuldade que as pessoas encontram pra compreender que o dízimo é do Eterno, pois o verso é claro: "Todas as dízimas, são do Senhor, santas são ao Senhor."


Certo, são do Eterno, mas e se eu precisar gastar? Posso? Aí entra outra questão, pegar ou não pegar... Se você usar o dízimo todo ou em parte, terá que "pagar uma multa" de 20% sobre o valor que pegar. Ou seja, é pra não compensar mesmo. Quando fazemos uso pessoal do dízimo, mais do que a multa, devemos ter a consciência de que aquele dinheiro NÃO É NOSSO. Assim como eu sei que se eu usar o dinheiro da conta de luz, água, etc... vai me trazer consequências, o dízimo também o trará, e muitas vezes é pior do que um corte de energia ou no fornecimento da água.

O verso 32 diz: "de tudo o que passar debaixo do bordão do pastor..." e isso nos ensina outra coisa importante. De vez em quando alguém pergunta: Tenho que dar o dízimo de tal coisa? Vendi minha casa, preciso dar o dizimo? Fiz um servicinho extra, meu patrão me deu um abono, por eu ser bom funcionário, etc... e o versículo é muito claro. DE TUDO!

Isso não é uma questão de aprender, mas de consciência. Quando tivermos plena consciência de que só o que HaShem pede de nós é a décima parte de tudo que Ele mesmo nos concede, nunca mais enfrentaremos este tipo de dúvidas. Nem tampouco faremos uso do dízimo para outros fins, ainda que saibamos que nos é permitido, mas tem a multa de 20%. Assim, compreenderemos que não DAMOS o dízimo, mas DEVOLVEMOS Àquele que é o legítimo dono.

Nunca aconteça conosco o que aconteceu com Israel nos tempos de Malaquias, no conhecido texto:

"Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação toda. Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida. Por vossa causa, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos. Todas as nações vos chamarão felizes, porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o SENHOR dos Exércitos." (Ml 3:8-12)

Façamos a nossa parte e deixemos que HaShem repreenda o devorador, e dessa forma, nunca teremos falta de coisa alguma, mas saberemos que HaShem suprirá todas as nossas necessidades, e as nações verão isso e nos chamarão de felizes, porque verdadeiramente o somos.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Emor: O lugar do sacerdote!


O capítulo 21 de Levítico fala dos sacerdotes, mas um versículo em especial me chamou a atenção.
Lv 21:12 - Não sairá do santuário, nem profanará o santuário do seu Deus, pois a consagração do óleo da unção do seu Deus está sobre ele. Eu sou o SENHOR.
Somos todos homens, seja um cohen, um rabino, um líder religioso carrega o peso de servir de exemplo para o rebanho. Ao ir para Israel, dias atrás, tive breves momentos de conversas com dois rabinos, um numa sinagoga, outro numa Yeshiva, e isso me tocou de uma maneira especial, pois há dias, eu orava ao Eterno para que Ele me mostrasse algumas coisas, e entre essas coisas, que eu pudesse ver como eu deveria seguir minha carreira de líder religioso e gostaria de compartilhar hoje aqui.

Sei que todos somos homens, sujeitos às mesmas paixões e erros, mas o Eterno requer coisas de Seus líderes que estão além, muito além dos demais. Por exemplo, todo mundo pode ficar nervoso, brigar, se exaltar, gritar, ofender, magoar... mas o líder do Eterno precisa ser manso.

Nm 12:3 Era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra.

1 Tm 3:2 É necessário, portanto, que o líder seja irrepreensível, ... temperante, sóbrio.
Todos os "humanos normais" choram, lamentam seus mortos, mas o homem de D-us, esse não poderia sequer lamentar seus mortos. Quando Arão perdeu de uma só vez seus dois filhos, Nadabe e Abiu, a Torah declara:

Lv 10:6,7 - Moisés disse a Arão e a seus filhos Eleazar e Itamar: Não desgrenheis os cabelos, nem rasgueis as vossas vestes, para que não morrais, nem venha grande ira sobre toda a congregação; mas vossos irmãos, toda a casa de Israel, lamentem o incêndio que o SENHOR suscitou. Não saireis da porta da tenda da congregação, para que não morrais; porque está sobre vós o óleo da unção do SENHOR. E fizeram conforme a palavra de Moisés.
O homem pode casar-se com a mulher que bem entender, pode ser ela virgem ou não, viúva, divorciada, ex prostituta, mas imagina se um sacerdote do Eterno pode casar-se com qualquer uma? Claro que não. Esse é o contexto do início da parashah.

Mas o que o Eterno quer de nós, líderes? Que sejamos extra-terrestres, inatingíveis pelos demais "mortais"?

Não, Ele quer que sejamos EXEMPLO EM TUDO.

Tt 2:7,8 - Em tudo, te dá por exemplo de boas obras; na doutrina,
mostra incorrupção, gravidade, sinceridade, linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós.

Quando, na parashah, Ele diz:
Não sairá do santuário, nem profanará o santuário do seu Deus, pois a consagração do óleo da unção do seu Deus está sobre ele. Eu sou o SENHOR. Entendi como um recado para mim, particularmente, que eu não tenho nada com a vida de outros, mas como líder do Eterno, que eu:

- não devo sair do santuário. É imprescindível ter em mente que eu preciso estar sempre diante do Eterno. Onde estiver, eu preciso me lembrar disso, pois se eu me esquecer, vem o segundo ponto...

- não profanar o santuário do Eterno. Quando nos afastamos do Santuário, da Shechinah, corremos o risco de profanar o Sagrado. Devo ser o mesmo, seja no Kotel, em Jerusalém, seja na minha casa, seja na Kehilah, no shopping, ou no parque... NÃO SE AFASTE DO SANTUÁRIO. Esteja sempre junto do Eterno. Mas porque?

- porque a consagração do óleo da unção está sobre mim.

Seja como for, onde for, e o que ocorrer, um líder do Eterno deve ser sempre (em qualquer lugar) um homem de D-us. Só assim, seremos verdadeiramente exemplos para o rebanho do Senhor, porque?

Sl 84:10 - Porque vale mais um dia nos teus átrios do que, em outra parte, mil. Preferiria estar à porta da Casa do meu Deus, a habitar nas tendas da impiedade.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Acharei Mot e Kedoshim... Patrão, chefe Tsadik?



Acharei Mot e Kedoshim (Lv 16:1 a Lv 20:27 ) nos fala de santidade, de sermos pessoas santas, e os SANTOS possuem atitudes diferentes dos demais homens.

Santos são pessoas separadas das demais, mas separado de que maneira? Seria viver isoladas? Não creio! Acredito que nosso proceder nos conduz a isso. Quanto mais queremos parecer com o mundo, menos parecidos com HaShem, menos próximos de Sua vontade estamos e consequentemente, mais próximos das gentes.

Essas porções estudadas juntas nos apresentam uma série de mandamentos, desde o shabat e a obediência ao pais, até relações sexuais proibidas.

Dentre os mandamentos quero hoje refletir sobre algo que li ainda esses dias no facebook de uma pessoa no facebook, onde ela fazia uma citação do livro "Caçador de Pipas", dizendo mais ou menos assim: "Só há um pecado: o de roubar! Quando você mata alguém, você rouba a vida de uma pessoa, rouba os sonhos de seus familiares, etc..."

Partindo dessa premissa, lemos agora o texto da Torah:
Lv 19:13-17 "Não oprimirás o teu próximo, nem o roubarás; a paga do jornaleiro não ficará contigo até pela manhã. Não amaldiçoarás o surdo, nem porás tropeço diante do cego; mas temerás o teu Deus. Eu sou o SENHOR. Não farás injustiça no juízo, nem favorecendo o pobre, nem comprazendo ao grande; com justiça julgarás o teu próximo. Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo; não atentarás contra a vida do teu próximo. Eu sou o SENHOR. Não aborrecerás teu irmão no teu íntimo; mas repreenderás o teu próximo e, por causa dele, não levarás sobre ti pecado."

O texto começa falando de oprimir o próximo, mas está falando do jornaleiro, quer dizer, do seu funcionário, que você não pode reter o salário, etc...

Para quem é chefe, patrão, ou direciona a vida de alguém em seu trabalho, quando você não paga o salário em dia, está roubando seu funcionário. Essa não é uma atitude de um Tsadik, um santo, justo. Mas tem mais.

Quando você oprime o funcionário, está roubando seu sonho, suas perspectivas de se desenvolver no trabalho. Quando você maltrata um funcionário, rouba dele a possibilidade de evoluir, pois imporá medo sobre a pessoa. E como um tsadik age então? O Tsadik age com justiça, e tenta pacientemente ensinar o seu "jornaleiro" a fazer o serviço. Se ele nunca se desenvolve, apesar de seus esforços, o tsadik pode até mandá-lo embora, mas nunca, jamais o fará de forma autoritária e cruel, desrespeitando, roubando e destruindo os sonhos de alguém.

Não amaldiçoar o surdo, nem sempre é literal, faz referência também àquele que não consegue compreender o que você fala. Como patrão, chefe, você precisa saber falar com seus funcionários, e NÃO OS AMALDIÇOAR, não ficar chamando de burro, de incompetente, ou coisas ofensivas de igual ou pior teor. Colocar tropeço também é atribuir responsabilidades nas quais você sabe que o funcionário não está apto a executar. Tema a Deus, amigo. Seja um patrão tsadik! Não pense que sendo honesto, generoso e respeitoso com seus funcionários, você estará sendo passado para trás. Estará sim conquistando respeito e admiração de seus subordinados.

Julgar com justiça é acreditar que nem sempre o seu gerente é o certo e o funcionário é o burro. Eventualmente, seu gerente e você mesmo, como patrão, dono, seja lá o que for, pode ser o errado da história. Seja justo, considere a possibilidade de o erro estar no alto escalão e não no clero. Saber reconhecer os próprios erros é agir como um Tsadik.

Como patrão, gerente, rosh, superior imediato, você deve saber que há limites, e não deve ficar fuxicando a vida alheia. Atenta contra a vida do próximo aquele que fica só fuxicando, fazendo mexericos na vida alheia, e observe que aquele que faz isso é incapaz de ver coisas boas no próximo. Só consegue ver defeitos. Quando vê algo de bom, é logo suprimido e minimizado por alguma tentativa de diminuir os esforços e qualidades alheias. Quem age assim, só vê talento e capacidade em si próprio.

Por fim, NÃO ABORREÇA TEU IRMÃO NO TEU ÍNTIMO. Fale COM ELE o que acha errado. Não fique falando aos outros, corrija se for o caso, mas não fique divulgando má fama das pessoas. Se você falar COM ELE, não há pecado em ti, mas se você falar COM OUTROS, considere-se um pecador, nunca um tsadik, um justo, um santo.

Kedoshim é para todos nós. Um pouco de santidade de cada vez não faz mal a ninguém.

Acreditar, ainda que por um instante, e admitir que talvez o errado seja você mesmo pode ser a diferença essencial entre um tsadik e um tolo. Seja o TSADIK.