quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Lições da Unidade na Torre de Babel


Gn 11:1 - Ora, em toda a terra havia apenas uma linguagem e uma só maneira de falar.
Depois de descerem da Arca, Noach e seus filhos repovoaram a terra, e à medida que as famílias se multiplicavam  eles iam aumentando os limites de sua habitação.
Todos eram “irmãos” uma única nação. Ninguém se sobrepunha sobre os demais, afinal eram uma mesma “família”.

A unidade é algo bom, importante, tanto que na sua oração, Yeshua dizia: “Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós... Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu, em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um. (Jo 17:11,21,22)
Quando somos UM, manifestamos a fé no Mashiach.

Mais tarde, quando Shaul HaShaliach já lidava com divisões na Kehilah de Corinto, ele disse: “Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Yeshua HaMashiach, que digais todos uma mesma coisa e que não haja entre vós dissensões; antes, sejais unidos, em um mesmo sentido e em um mesmo parecer.” (1 Co 1:10)

O próprio Eterno, ainda no texto de Gn 11, diz: “Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e, agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer.” (Gn 11:6)

Não há restrições, tudo o que um conjunto unido pretende, ele será capaz de executar. O problema é que a união também faz a força no sentido contrário, para o mal.
No caso dos descendentes de Noach, o mal foi a ambição por “tornarem-se célebres”. Basta ler o texto em Gn 11:4:
“Vinde, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo tope chegue até aos céus e tornemos célebre o nosso nome, para que não sejamos espalhados por toda a terra.”

Diz o sábio Hillel, em Pirkê Avot: “todo aquele que quer muita celebridade, perde a que já possui.” (Avot 1:13) Quando você acha que só você sabe fazer as coisas direito, que só você é capaz disso ou daquilo, que as pessoas deveriam reconhecer seu mérito, tudo o que você faz deixa de ter valor, porque o faz apenas para ser reconhecido. Ter seu nome como de alguém “célebre, importante” não significa nada, pois o que vale é termos nosso nome inscrito no único lugar realmente de valor: o LIVRO DA VIDA.

No texto de Shaul aos Coríntios, ele dizia: “cada um diz... eu sou de Paulo, eu de Apolo e eu de Cefas...” pra quê isso? Porque a divisão estava sendo causada porque alguém achava seu líder melhor, maior ou mais importante. E ele segue: “dou graças a D-us, porque a nenhum de vós batizei.” (1 Co 1:12-14)

Quer ver a Congregação crescer? Reconheça que todos somos importantes, e que ninguém, absolutamente ninguém é melhor do que os outros. Até porque, João Batista, o grande homem que batizou a Yeshua, o Mashiach, dizia: “Convém que ele cresça e que eu diminua.” (Jo 3:30)

A união é boa, diz o salmo: “Quão bom e agradável é que os irmãos vivam em união.” Mas para ser boa, tem que ser por um propósito bom. Se o propósito algum dia for fazer com que seu nome seja célebre, já perdeu seu valor. Pense nisso!

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