terça-feira, 2 de novembro de 2010

Quem espera recebe...



A parashah de Toledot apresenta as gerações de Isaque e compreende Gn 25:19 a Gn 28:9.

Em Gn 25:21 temos que: “Isaque orou insistentemente ao Senhor por sua mulher, porquanto era estéril; e o Senhor ouviu as suas orações e Rebeca, sua mulher, concebeu.”

Quantos maridos seriam capazes de orar insistentemente, por 20 anos, pela sua esposa? Rebeca era estéril e nem por isso foi abandonada pelo esposo, que como todo marido anseia por um filho.
Isaque era um homem de oração. Já no momento em que Rebeca o avistou pela primeira vez, ele estava no meio da tarde, orando ao Eterno (Gn 24:63) e ela soube ali que ele não a abandonaria. Sempre teria em seu favor as orações do bom marido.
Atualmente muitos casais se separam por qualquer motivo, e a infertilidade de algum dos cônjuges é motivo aceito para o fim de um casamento, mas quem teria o direito de escolher ser estéril? Será que Rebeca sabia que não podia gerar filhos? Acredito que não.
Da mesma forma, isso nos leva a considerar que quando alguém sofre um acidente de trânsito por exemplo, e fica impossibilitado de realizar algumas atividades, isso seja motivo para uma separação. Se isso é justo ou não cabe a cada um refletir.
O fato é que Isaque optou por não abandonar a esposa, e optou também por orar insistentemente ao Eterno, o único capaz de fazer da estéril uma alegre mãe de filhos (Sl 113:9)
Assim como comentei na parashah da semana passada sobre a mulher ser generosa para com o marido, hoje digo que uma mulher precisa confiar que o marido estará ao lado dela nos momentos de dificuldade, e que não a abandonará.
Graças às orações de Isaque, Rebeca se tornou mãe dos gêmeos, Esaú e Jacó, o nosso patriarca.

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