domingo, 30 de setembro de 2012

Sucot e a alegria?

1 Rs 8:65,66 - No mesmo tempo, celebrou Salomão também a Festa dos Tabernáculos e todo o Israel com ele, uma grande congregação, desde a entrada de Hamate até ao rio do Egito, perante o SENHOR, nosso Deus; por sete dias além dos primeiros sete, a saber, catorze dias. No oitavo dia desta festa, despediu o povo, e eles abençoaram o rei; então, se foram às suas tendas, alegres e de coração contente por causa de todo o bem que o SENHOR fizera a Davi, seu servo, e a Israel, seu povo.

A Festa de Sucot tem que nos trazer esse renovo, essa alegria, onde rei e súditos se abençoam e todos voltam alegres para suas tendas por todo o bem que HaShem os concedera. Mas porquê nem sempre é assim? Porque talvez em algum momento deixemos de olhar para todo o bem que recebemos e voltamos nossos olhos para os problemas.

Essa noite não conseguia dormir e me lembrei do filme Ushpizin, quando, o personagem principal (também chamado de Moshê) Moshê Belanga, corre desesperado e ora a HaShem, pedindo: “Eu não quero ter raiva, eu não quero ter raiva” e só aí, só depois disso, ele foi abençoando, com sua esposa ficando grávida de um menino. No fim, ele percebe que as pessoas que o estavam perturbando, apenas cumpriam um propósito de Deus: fazer com que ele pudesse controlar e se livrar desse sentimento ruim. As vezes, acontecimentos e pessoas parecem fazer de tudo para nos irritar, mas se controlarmos nosso Yetser Hará, encontraremos a bênção do Eterno ao fim de Sucot. Sucot é a época que nos faz perceber que todos somos iguais.

Assim como ricos e pobres na morte são todos iguais, em sucot, todos somos iguais. Todos precisamos fazer nossa própria cabana (o patrão não deveria mandar o empregado fazer a cabana para ele) e ali comermos, nos assentarmos e lembrarmos da providência divina. A sucá tem seu objetivo, que, ao nos recolhermos e vivermos nela por apenas sete dias, isso deveria nos tornar mais humildes e dependentes de HaShem.

Não existe nenhuma pessoa melhor que Avraham Avinu, nosso patriarca, para nos ensinar o conceito de humildade e dependência de HaShem. Em Gn 13:2-4 diz: “Era Abrão muito rico; possuía gado, prata e ouro. Fez as suas jornadas do Neguebe até Betel, até ao lugar onde primeiro estivera a sua tenda, entre Betel e Ai, até ao lugar do altar, que outrora tinha feito; e aí Abrão invocou o nome do SENHOR.” Mesmo sendo rico, cheio de gado, ouro e prata, Avraham habitava em tendas, e invocava o nome do Senhor. Ele, apesar de toda a riqueza, desejava viver sempre numa situação provisória, para nunca perder sua sensação de dependência do Eterno.

Então, fica a dica para esse sucot. Não confie nas riquezas, não fique com raiva, achando que o mundo é injusto com você, que você merece ser melhor tratado, que todos deviam te reconhecer, aprenda a confiar e a depender do Eterno. Quem sabe assim sejamos abençoados! Chag Sameach Sucot! Que no fim dessa semana estejamos como nos dias de Shlomo HaMelech, nos abençoando uns aos outros, e voltando para casa felizes e contentes por todo o bem que o Eterno nos proporciona sempre.

Um comentário:

MERÍ PAULA disse...

Obrigado Rosh, muito bom, gostei muito.
Shalom.