sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Nutrir bons ou mal sentimentos? você escolhe!



Essa parashah de Vayeshev (Gn 37:1 a Gn 40:23) fala da preferência de Yaakov por seu filho Yosef, que acabava causando ciúmes e inveja nos demais irmãos. (Gn 38:3,4)
A inveja, o ciúmes e o ódio (que os irmãos nutriam por Yosef) são sentimentos que só atraem coisas negativas.
O Talmude fala: “Uma boa obra tem sempre como consequência outra boa obra. Um pecado tem sempre como consequência outro pecado. A recompensa duma boa obra está na própria boa obra realizada. A consequência dum pecado é sempre outro pecado” (Pirkei Avot 4:2)

Vamos ver isso na prática nessa parashah:
- Os irmão de José o odiaram, e isso trouxe como consequência outra coisa: a inveja (Gn 37:11)
- Ao cumprir o mandado de seu pai, José foi ver o que os irmãos estavam fazendo. Veja a idéia deles: “E viram-no de longe e, antes que chegasse a eles, conspiraram contra ele, para o matarem.” (Gn 37:18)

Quem tem ódio de outros, normalmente é por inveja, e isso faz a pessoa desejar que o outro morra. Mas o que vem depois? outro pecado, claro!
“Vinde, pois, agora, e matemo-lo, e lancemo-lo numa destas covas, e diremos: Uma besta-fera o comeu; e veremos que será dos seus sonhos.” (Gn 37:20)
É, já planejaram uma mentira (para o próprio pai). Como um pecado atrai outro...
“Então, Judá disse aos seus irmãos: Que proveito haverá em que matemos a nosso irmão e escondamos a sua morte? Vinde, e vendamo-lo a estes ismaelitas;” (Gn 37:26,27).
Além de odiar, matar, mentir, podemos ter lucro... e o venderam por 20 moedas.

Com tudo isso, eles acabaram fazendo seu pai sofrer por muitos anos (Gn 37:34) Não vale a pena o mal.

Agora, José, vendido como escravo aos midianitas, foi revendidos a Potifar no Egito. Trabalhava com zelo pelo seu senhor, e HaShem o abençoava em tudo.
“Vendo, pois, o seu senhor que o SENHOR estava com ele e que tudo o que ele fazia o SENHOR prosperava em sua mão, José achou graça a seus olhos e servia-o; e ele o pôs sobre a sua casa e entregou na sua mão tudo o que tinha. E aconteceu que, desde que o pusera sobre a sua casa e sobre tudo o que tinha, o SENHOR abençoou a casa do egípcio por amor de José; e a bênção do SENHOR foi sobre tudo o que tinha, na casa e no campo.” (Gn 39:3-5)
Mesmo quando José teve a oportunidade de fazer o mal, ainda que Potifar nunca soubesse, ele disse: “...como, pois, faria eu este tamanho mal e pecaria contra Deus?” (Gn 39:9)

Esse é um belo exemplo de uma pessoa consciente, que sabe o que deve fazer, que nutre sentimentos positivos com relação às pessoas. Quem age assim, agrada ao Senhor. Sobre isso o Talmude afirma: “todo aquele que agrada à humanidade, agrada ao Criador, e todo aquele que não agrada à humanidade, não agrada ao Criador.” (Pirkei Avot 3:13)

Certamente, as atitudes ruins dos filhos de Jacó não foram do agrado do Criador, e pelo contrário, as atitudes de José, agradaram a HaShem, e este o fez prosperar no Egito. Seja para onde quer que José fosse, ele prosperaria, mas seus irmãos, com ódio, inveja e sentimentos ruins, não agradaram ao Criador, e no fim, foram cair nas mãos de José, no Egito. Claro, mais uma vez o irmão mais novo deu o exemplo, sem rancor e manteve à todos os irmãos (que lhe fizeram o mal) e suas famílias durante muitos anos.

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