sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Vaetchanan... a receita que dá certo!



Ao ler a parashah de Vaetchanan (Dt 3:23 a Dt 7:11) eu me sinto como alguém que nunca fez um bolo. Qual o melhor modo de aprender? Simples! Você pega um livro de receita (ou acessa a internet e busca) e vê a receita e vai colocando os ingredientes e seguindo tudo à risca. Se fizer tudo conforme está na receita, seu primeiro bolo pode não ficar maravilhoso, mas tende a ficar bom. Por isso livros de receita são constantemente publicados e muitas pessoas os compram. Mas o que isso tem a ver com a parashah da semana? Explico:


Dt 4:1-3. Agora, pois, ó Israel, ouve os estatutos e os juízos que eu vos ensino, para os cumprirdes, para que vivais, e entreis, e possuais a terra que o SENHOR, Deus de vossos pais, vos dá. Nada acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que guardeis os mandamentos do SENHOR, vosso Deus, que eu vos mando. Os vossos olhos viram o que o SENHOR fez por causa de Baal-Peor; pois a todo homem que seguiu a Baal-Peor o SENHOR, vosso Deus, consumiu do vosso meio.


Moisés dá aqui a receita para o povo viver, entrar e possuir a terra. Mas o que estamos fazendo aqui na Kehilah? Não é buscar a Vida Eterna, entrar e Possuir a Terra prometida? Então a receita deve ser a mesma.


Ouvir os estatutos, as leis, ensinadas por Moshê. Ouvir e cumprir. Porque ele mesmo citou o fato de Deus ter consumido aqueles que desafiaram ao Eterno, no caso de Peor, quando os homens voluntariamente (e por afronta) se uniram com as moabitas, e adoraram seus deuses. (Nm 25:1-3) Com isso, ele dizia (na receita): “Se vocês se deitarem com essas mulheres, vocês vão morrer.” Como alguém que diz... se você deixar a massa muito tempo no forno, o bolo vai queimar...


Para quem quer servir ao Eterno e almoja alcançar o Olam Habah, eis a receita certinha, dada por Moshê Rabeinu. Coloque os ingredientes certos... obediência, aplicação ao estudo da Torah, ouvir os estatutos e juízos, não ficar inventando... é certeza que no fim vai conseguir.

Agora, aquele que inventa, desvia o caminho, fatalmente irá estragar a receita e depois se perguntará: O que eu fiz de errado?


Siga a receita certa e que possamos nos encontrar no Mundo Vindouro com a certeza de que nosso bolo deu certo!

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Devarim... sapato velho.



Tem uma antiga música do Roupa Nova que dizia: “Talvez eu seja simplesmente como um sapato velho, mas ainda sirvo se você quiser, basta você me calçar que eu aqueço o frio dos teus pés.”

Devarim é o início de um novo (o ultimo) livro da Torah. Tudo que é novo a gente se empolga, mas talvez devêssemos dar mais valor ao velho. Não por isso, mas Devarim, que em português significa “Palavras” acabou levando o nome de Deuteronônio, que significa “repetição da lei”. Nesse livro, praticamente às portas da Terra Prometida, Moshê chama o povo, e lhes faz alguns discursos, relembrando o passado. Mas não seria propriamente relembrando o ocorrido com eles, porque a geração que estava ali, prontinha para entrar na terra, não era a geração que saiu do Egito. Quarenta anos se passaram. Eles precisavam saber como foram parar ali. Porquê estavam naquele lugar? Esse é um problema da nova geração, não saber dar valor ao passado, pois não viveram nele.

Moisés além de contar as histórias do deserto, falou uma coisa muito importante: “O Senhor, teu Deus, te abençoou em toda a obra das tuas mãos; ele sabe que andas por este grande deserto; estes quarenta anos o SENHOR, teu Deus, esteve contigo; coisa nenhuma te faltou.” (Dt 2:7) E qual a lição que aprendemos com isso? Muito simples. Deus sabe tudo que necessitamos e é Ele quem nos abençoa sempre, quem supre as nossas carências.

Durante todos os dias dos quarenta anos de deserto, o povo de Israel sempre teve o alimento, pois caía o maná todos os dias (exceto no shabat) e quando quiseram carne, o Eterno enviou codornas para eles prepararem como alimento. Em Dt 8:4 diz: “Nunca envelheceu a tua veste sobre ti, nem se inchou o teu pé nestes quarenta anos.” Mais uma prova que o Eterno cuida de nós! Quando você for comprar um sapato novo, dê uma olhadinha no velho, aquele mesmo que você vai jogar num fundo da sapateira, pra nunca mais usar... Lembre-se de quanto ele lhe foi útil e de quantas caminhadas ele esteve com você.

Só dá valor ao novo, aquele que sabe quanto custou o antigo. Como foi difícil chegar no novo. Nós só damos valor às coisas do Eterno se soubermos o quanto de esforço foi necessário para que a Palavra chegasse até nós.

Há uma frase comum que diz: Nada cai do céu! Sabemos que não é verdadeira, pois o maná descia do céu, mas o povo não soube valorizar. Valorize cada oportunidade de estar na presença do Eterno, cada Palavra que recebe, pois foi Ele quem nos tirou da escravidão do Egito.

Moisés, antes de sua morte, fez questão de contar à nova geração tudo que havia se passado com os israelitas durante a longa caminhada pelo deserto. Só assim, os novos dariam valor à terra.

É, talvez seu rosh seja simplesmente como um sapato velho, mas ele ainda pode aquecer seu coração com as histórias bíblicas...

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Massei - Arão e questões na hora da morte



A parashah de Massei encerra o livro de Bamidbar, e vai de Nm 33:1 a Nm 36:13. Dentre os assuntos, especialmente no começo quando são relatadas as caminhadas do povo pelo deserto, há uma interrupção pra falar sobre a morte de Arão.

Nm 33:38-39. - Então, Arão, o sacerdote, subiu ao monte Hor, segundo o mandado do SENHOR; e morreu ali, no quinto mês do ano quadragésimo da saída dos filhos de Israel da terra do Egito, no primeiro dia do mês. Era Arão da idade de cento e vinte e três anos, quando morreu no monte Hor.

Mas o que teve de tão importante Arão?
Se lermos o relato da morte dele em Nm 20:23-29 - assim como Moshê, Arão sabia que iria morrer, mas antes o Eterno o relembrou, (você vai morrer porque foi rebelde) e teve que subir num monte, se despir, passar as roupas de sacerdote para Eleazar, seu filho e então morrer. Aí o povo chorou por trinta dias. Aí dá pra tirar várias lições.
- Arão esteve tão perto da terra prometida, caminhou por 39 anos e cinco meses, e acabou morrendo no deserto? Porque? Será que valeu a pena a caminhada?
Tem coisas que só nos damos conta no momento da morte. Por exemplo: ao longo da vida a gente vai deixando pendências e só no leito de morte a gente pensa em resolver todas elas de uma vez, mas aí é tarde. Uma mágoa por exemplo, a pessoa passa anos sem conversar com outra por causa de um problema, e quando fica doente, perto da morte, então ambas são tomadas de um súbito desejo de relevar tudo, perdoar, buscar perdão, só para morrer em paz.
Outros, conhecem a Bíblia e passam a vida inteira sem decidir passar pela tevilah, e daí na hora da morte tomam essa decisão. Será que foi conversão verdadeira ou puro medo de morrer sem salvação?

- Porque Arão foi rebelde? Porque ele desobedeceu a Deus, fazendo o bezerro de ouro?

Rebeldia é e sempre será cobrada pelo Eterno. Quando lemos em Samuel, vemos: “Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e a obstinação é como a idolatria e culto a ídolos do lar. Visto que rejeitaste a palavra do SENHOR, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei.” (1 Sm 15:23) Esse caso é quando Saul não obedeceu ao mandado do Eterno, e quis fazer diferente. O que muitos não se dão conta é que o verso fala que a REBELDIA é como a FEITIÇARIA.

Tem coisas que a gente só se arrepende na hora da morte e não deve ser assim. Arão caminhou mais de 39 anos pelo deserto, e no fim, não entrou na terra prometida. Será que vale a pena?

Antes da velhice, antes da enfermidade, enfim, antes do seu leito de morte, tome a decisão de ser correto, de corrigir os erros do passado, de firmar sua aliança com o Eterno. Nada de ficar postergando, pois não viveremos para sempre. Agindo assim, você irá dormir sempre em paz, pois não terá nenhum peso extra em sua consciência.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Você sabe votar? Matot.




Esta é a 42ª porção da Torah, e normalmente ela é estudada junto com a parashá de Masse (Jornadas), quando então denominamos Mechubarot (juntas). Esse ano elas são estudadas separadamente, o que nos permite nos aprofundarmos mais (pois a porção fica menor) em função de ser um dos anos em que temos, no calendário judaico, duas vezes o mês de Adar.
Matot significa tribos e começa no capítulo 30 de Bamidbar. Já na primeira Aliah, que vai de Nm 30:2-17, podemos aprender muitas lições, especialmente no que concerne ao fato do homem se comprometer com algumas coisas.

Nm 30:2 - Quando um homem fizer voto ao SENHOR ou juramento para obrigar-se a alguma abstinência, não violará a sua palavra; segundo tudo o que prometeu, fará.
Começando a falar sobre os votos, vemos que:
* Os homens são obrigados a cumprir aquilo que prometeram ao Eterno, o voto que fizer, seja qual for, deve ser cumprido. Isso nos leva a refletir, antes de votar. Refletir é algo que as pessoas não fazem muito, precisamos aprender a não ficar abrindo a boca tão facilmente, falando que vai fazer tal coisa, que se compromete em estar em tal lugar, tal hora... quando não será capaz de cumprir.


Vejamos alguns textos:
Dt 23:21-23 - Quando fizeres algum voto ao SENHOR, teu Deus, não tardarás em cumpri-lo; porque o SENHOR, teu Deus, certamente, o requererá de ti, e em ti haverá pecado. Porém, abstendo-te de fazer o voto, não haverá pecado em ti. O que proferiram os teus lábios, isso guardarás e o farás, porque votaste livremente ao SENHOR, teu Deus, o que falaste com a tua boca.
Ec 5:4-7 - Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos. Cumpre o voto que fazes.Melhor é que não votes do que votes e não cumpras.


Interessante lendo estes textos acima que ninguém é obrigado a fazer votos, mas as pessoas vivem falando coisas desnecessárias, assumindo compromissos, que mais tarde não cumprirão, e isso é pecado. Se ficassem calados, não pecariam.


Isso é o que diz Pv 20:25: Laço é para o homem o dizer precipitadamente: É santo! E só refletir depois de fazer o voto.
Tiago 5:12 também fala disso e Yeshua disse em Mt 5:37 Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno.


Agora pense um pouco. Quantas coisas a gente promete e não cumpre. Assina contratos e depois quer voltar atrás. Assina uma ficha de Tevilah, se comprometendo a ser fiel, honrar o ministério, obedecer, mas na hora que é exigido isso, a pessoa sempre dá um jeito de fugir à responsabilidade. Se todos cumprissem os votos, os casamentos seriam bons, as mulheres se comprometeriam a ser submissas e realmente seriam... os maridos se comprometeriam a suprir todas as necessidades da esposa e supririam... e tudo seria realmente melhor.

sábado, 16 de julho de 2011

5 Filhas e 1 Problema sem resposta

Na parashah de Pinechas (Nm 25:10 a Nm 30:1) temos muitas lições, mas dentre elas, temos a história de um homem chamado Tselofechad; o tal homem tinha cinco filhas e nenhum filho. Ele já havia falecido e como ficaria a sua herança na hora da divisão das terras, uma vez que as terras seriam repartidas entre os filhos homens.
O relato delas está em Nm 27, e conta que elas foram até Moshê e os anciãos para questionar como ficaria o caso dessa família. E agora? Como resolver uma situação que não havia sido prevista anteriormente?
A grande lição desse caso está mais uma vez na atitude de Moshê, nosso mestre, que foi consultar o Eterno sobre como deveria proceder. Ora, Moshê era a instância superior sempre, mas isso não significava que ele tinha resposta para tudo.
Quando Jetro o aconselhara lá em Exodo 18:21,22, dizia: “procura homens capazes, tementes a Deus, e coloca sobre o povo...Toda causa grave trarão a ti, mas toda causa pequena eles mesmos julgarão; será assim mais fácil para ti, e eles levarão a carga contigo.”
Uma coisa é ajudar a levar a carga, outra é se achar tão capaz como Moshê, se julgar apto para resolver não apenas as coisas pequenas, como as grandes. Esse é o erro de muitos homens hoje. Se achar! Se acham demais! Se julgam preparados, no mesmo nível. O homem sábio é aquele que conhece suas limitações e que está disposto a ser um ajudante, na hora de carregar as cargas. Se perceber algo difícil, além de sua capacidade, leva para Moshê! Essa é a sabedoria.
Essa é alição que nosso líder nos deixou. Quando chegou uma situação em que ele, Moshê, não se sentia apto para resolver, ele foi consultar a instância superior. Não havia um homem que estivesse acima dele, então ele foi ouvir o que o Eterno ordenaria.
Se existe alguém mais preparado que você, tenha sempre a humildade de consultar, se aconselhar, e de seguir o que essa instância te ordenar fazer. Isso não torna ninguém maior ou menor... Apenas mostra que uma pessoa humilde segue conselhos. Moisés fez assim...
Ninguém é obrigado a ter respostas para tudo, pense nisso! Não seja como os tolos que respondem a toda situação, não importa se respondam certo ou errado, o que vale é fingir que sabe.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Diga-me com quem andas... Balak

A parashah de Balak (Nm 22:2 a Nm 25:9) fala de um personagem principal Bilam, e porque a parashah não se chama BILAM então?

Embora Bilam seja o que estava mais aparente, BALAK estava por trás do intento demonstrado por BILAM. E o texto nos faz lembrar sobre quem são as nossas companhias. Antes de você se relacionar com as pessoas, desenvolver amizades, você se pergunta: quem são essas pessoas?

Esse foi o recado do Eterno a Bilam.
Nm 22:8-9: Balaão lhes disse: Ficai aqui esta noite, e vos trarei a resposta, como o SENHOR me falar; então, os príncipes dos moabitas ficaram com Balaão.Veio Deus a Balaão e disse: Quem são estes homens contigo?
No caso de Bilam, os homens a quem ele recebeu eram pessoas que vieram trazer dinheiro para que ele amaldiçoasse a outro, nesse caso, o povo de Israel.

O salmista dizia: Companheiro sou de todos os que te temem e dos que guardam os teus preceitos. (Sl 119:63)

O Rei Davi sabia de quem era companheiro:
Sl 26: 4,5 Não me tenho assentado com homens falsos e com os dissimuladores não me associo. Aborreço a súcia de malfeitores e com os ímpios não me assento.

Ele não era uma pessoa facilmente influenciável. Um bom exemplo é quando ele teve a oportunidade de matar o rei Saul, e as pessoas o incentivavam a isso, ele nao se deixou influenciar para fazer o mal... matando o rei.
Analisemos 1 Sm 24:1-11
24:1-3 - Saul tomou 3 mil homens e foi perseguir Davi.
24:4- Os que estavam com Davi o aconselham, falam que o Eterno entregou o inimigo em suas maos.
24:4-7 - Davi age diferente do aconselhado, não mata o rei, pelo contrário, sente dor em cortar o tsitsit de Saul. Com essa atitude, ele conteve seus homens de fazer o mal.
24:8- Davi presta reverência ao rei.
24:9- Davi questiona a Saul: Porque você dá ouvidos às palavras dos homens que dizem que eu quero te fazer mal?
Cuidado com as companhias... cuidado com o que dizem...
24:10-11 - Davi fala ao rei: veja minha atitude e reconheça que não há mal em mim, não quero te fazer mal, ainda que você queira me matar.
24:16,17- Saul chora, e diz que Davi é mais justo do que ele.

Seus companheiros podem te influenciar, mas é como diz o ditado: Diga-me com quem andas e eu te direi quem tu és! O Eterno te pergunta: Quem são essas pessoas contigo?

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Chukat e a morte de pessoas importantes




Na parashah dessa semana, chamada Chukat (Nm 19:1 a Nm 22:1) temos a morte de dois personagens muito importantes para o povo de Israel. Miriã e Arão, os irmãos mais velhos do caçula Moshê. Em Nm 20:1 fala: “Chegando os filhos de Israel ao deserto de Zim, ali morreu Miriã, e ali foi sepultada.” Nada além disso.
Depois, em Nm 20:22-29 fala da morte de Arão, num contexto bem maior e conclui dizendo que: “vendo, pois, toda a congregação que Arão era morto, choraram por Arão trinta dias, isto é, toda a casa de Israel.”

Falar de morte é sempre algo chato, mas também inevitável. A questão é: Como você será lembrado depois de sua morte? No Brasil existe a tradição de que todo mundo é bonzinho quando morre. Na cerimônia de sepultamento sempre tem pessoas falando sobre o quanto o falecido era especial, fazia o bem, etc... mas será mesmo? No dia seguinte, todo mundo se esquece daquela pessoa e pronto, a vida segue.

Dias atrás o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fez 80 anos, e no seu discurso ele falou disso. Dizia ele algo assim: “Puxa vida, até parece que estou morto, até a oposição está me elogiando, e normalmente só recebemos elogios depois da morte.”

Todos devemos viver como alguém que está preparado para o dia da morte. Ninguém sabe quando irá morrer; talvez por isso os jovens vivam de forma que acreditam que ainda irão viver muito, que só os velhos morrem, e acabam não medindo as consequencias de seus atos. Isso é um erro.

Nosso objetivo deve ser de buscar o aperfeiçoamento de nosso caráter, alcançar o respeito das pessoas através de nossos bons atos.

O talmude fala, em Pirkei Avot, para procurarmos ser como os discípulos de Arão, que amam a paz, trabalham e buscam a paz. Certamente por ser uma pessoa boa, que buscou a paz e o bem do povo de Israel o tempo todo, Arão foi digno de ver toda a casa de Israel prantear sua morte por trinta dias.

No fim desse livro de Bamidbar, em Nm 33, quando fala de todas as caminhadas do povo de Israel pelo deserto, o texto vai citando cada lugar onde eles acamparam, e só há uma interrupção nessas citações, entre os versos 38 e 40, pra citar justamente a morte de Arão. Tudo que ocorreu durante as mais de quarenta jornadas era importante, mas não havia sido citado, a não ser a morte desse tsadik. Pense nisso!

Tomara que possamos viver uma vida digna de homenagens (recebidas ainda em vida) e quem sabe nossa morte seja lembrada como um dia triste, onde faleceu alguém importante para a história de nosso povo. Viva de modo a fazer a diferença no mundo.