sexta-feira, 17 de maio de 2013
Nassó e o sacerdote. Em que nível está seu respeito pelo representante do Eterno?
A parashah de Nassó vai de Nm 4:21 a Nm 7:89 e claro, nos traz muito boas lições:
Nm 5:16 - O sacerdote a fará chegar e a colocará perante o SENHOR.
O capítulo 5 de Bamidbar nos traz o relato do homem que ficava com o espírito enciumado, desconfiando da sua esposa. Interessante observar como ele deveria agir.
Em primeiro lugar, o texto diz: “esse homem trará a sua mulher perante o sacerdote e juntamente trará a sua oferta por ela...” (Nm 5:15) Isso nos ensina que o marido tem duas obrigações, quando está desconfiado:
- Não deve sair falando, alardeando sua desconfiança, mas levá-la ao sacerdote.
- Confiar que o Eterno dará a resposta que o tranquilizará através daquilo que o sacerdote lhes determinar.
Não dá pra alguém pedir orientação, conselhos ao seu líder se a pessoa não confiar que aquilo que o líder lhe disser é da parte do Eterno. Se você não acredita que o seu líder representa ao Eterno, você não terá por ele o respeito que D-us requer de ti.
Nesse caso em específico, o marido traria a mulher ao cohen, e aguardaria por sua resposta. O cohen usaria a “água santa” misturada com o pó do chão do Tabernáculo, e a mulher beberia. Isso causaria nela os sinais que seriam como a resposta divina. Se tivesse pecado, ela receberia a maldição, com o ventre inchado e as coxas descaídas, mas se não houvesse pecado, isso traria sobre ela a bênção de bons partos.
Agora imagine se o caso fosse “divulgado antecipadamente” pelo marido e os fofoqueiros de plantão! Não precisa ter muita sabedoria para imaginar o que normalmente ocorre: todo mundo a veria como “culpada”, tenha ou não provas, pois “onde há fumaça, há fogo”!
Para isso que serve o sacerdote. Ele tem a resposta divina para nossas inquietudes. Mas é preciso confiar nele. Confiar em D-us!
Na Brit Chadashah há um outro exemplo que nos ilustra bem como é perigoso quando pessoas não levam a sério o que fazem diante de um “homem de D-us”. Todos conhecemos o caso de Ananias e Safira, mas o compreendemos?
At 5:3,4 - Então, disse Pedro: Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo? Conservando-o, porventura, não seria teu? E, vendido, não estaria em teu poder? Como, pois, assentaste no coração este desígnio? Não mentiste aos homens, mas a Deus... E sobreveio grande temor a toda a Kehilah e a todos quantos ouviram a notícia destes acontecimentos.
Basta ler o contexto e percebemos que ambos cometeram o erro de roubar, mas o erro maior foi de, ao mentirem para o apóstolo, terem mentido para Deus. Resultado: morte de ambos!
A nossa relação com os líderes pode ser de amizade, coleguismo ou uma relação mais distante, mas NUNCA deve ser desrespeitosa.
No caso do homem que desconfiava da esposa, o sacerdote traria a ele um alívio, o fim das desconfianças. No caso de Ananias e Safira, Kefah seria aquele que tão somente receberia a oferta deles. Mas em ambos os casos, eles representavam a Deus.
Um sacerdote não deve ser respeitado apenas quando lhe diz coisas boas, agradáveis, mas também quando os corrige.
Hb 13:17 diz: Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros.
1 Tm 5:17 diz: Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina.
Quem define se um zaken governa bem? Pessoas elogiam seus líderes quando estes corrigem “aos outros, os pecadores”, mas em boa parte das vezes, os criticam quando são por eles repreendidos. Até porque a Torah declara:
Lv 19:32 - Diante das cãs te levantarás, e honrarás a presença do ancião, e temerás o teu Deus. Eu sou o SENHOR.
Em que nível está seu respeito pelos líderes? No nível de se levantar quando o líder entra? Se for só isso, está ruim! Porque respeito vai muito além de se levantar. Devemos ter o cuidado de não estarmos sendo hipócritas, nos levantando, mas por trás, desrepeitando, falando mal e nos lembrando do líder apenas quando dele necessitamos. Pense nisso!
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Um comentário:
Em relação à Parashá de Nassó, Já soube de um caso que, por desconfiança do marido (mesmo sendo Israelita), a esposa teve seu filho "bastardo" e não quis que o marido o criasse. Hoje ele chora por seu primogênito. Muito bem comentado e elucidado, sobre o termo, não resta dúvidas. Shalom Rov
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