sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Chol Hamoed Sukot: Nós e o Eterno!



Nessa semana teremos uma parashah diferente: É shabat chol hamoed sukot, ou seja, o shabat dentre os dias intermediários da festa dos Tabernáculos. A porção lida vai de Êxodo 33:12 a 34:26, com o Maftir sendo lido em Bamidbar. Mas o que esse texto tem a ver com a festividade de Sukot? Tudo!

A parashah começa com Moshe pedindo que a presença de HaShem fosse com o povo durante a caminhada pelo deserto (quando eles habitavam em Cabanas). Em Êx 33:15 ele diz: “Se a tua presença não for conosco, não nos faças subir daqui.” Esse é o espírito de Sukot!

Nessa festa lemos o livro de Kohelet, Eclesiastes, e o livro fala basicamente da futilidade da vida, de correr atrás do vento, de trabalhar pra ajuntar tesouros que outros vão gastar, etc...

As pessoas dão muito valor a bens materiais, a correr atrás de um bom emprego, de status social e quanto mais se busca essas coisas, menos tempo sobra pra uma relação importante: Eu e D-us.

E ao ler o versículo acima, percebemos que, se não for pra estar na companhia do Eterno, nada faz sentido.

Logo mais à frente, Moshê diz ao Eterno: “Rogo-te que me mostres a Tua glória!” (Êx 33:18)

Ora, só podemos experimentar a presença do Eterno, quando nos despimos de tudo que é material. E isso se cumpre perfeitamente em Sukot. Veja:

Durante todo o ano estamos abrigados em casa, faça frio ou calor, temos sempre um teto que nos protege, chegamos em casa, uma jantinha na mesa da cozinha, ou na sala de jantar, ou diante da tela da televisão... e em sukot, ah! chegamos em casa e vamos jantar debaixo de uma cabana, sem um teto que protege, apenas algumas folhas de palmeira, que não nos impedem de olhar pra cima e contemplar o explendor da glória do Eterno. Ele quem criou os céus, a terra, as estrelas... e então passamos a ver que sem Ele, não somos nada.

O que Moshê buscava é o que falta hoje para muita gente... um pouco mais de D-us. Sukot é um convite a deixarmos de lado nossas preocupações passageiras de ter, possuir... e irmos em busca de algo que não seja tão efêmero, transitório; irmos em busca da presença do Eterno.

Aquele que experimenta a suká, prova ser coberto, aquecido, protegido não por um cobertor, mas pelas próprias mãos do Eterno. Moshê teve disso, quando a própria mão do Eterno o cobria, e ele esteve protegido junto à uma fenda na rocha. (Êx 33:21-23).

Viva intensamente Sukot e sinta a mão de HaShem te cobrir... garanto que se sentirá mais aquecido e totalmente protegido.

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