quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Vayetze, Raquel e seus deuses escondidos



Nesse ano, a parashah de Vayetze (e partiu) em seu terceiro ciclo também fala de uma partida, de quando Yaakov parte da casa de seu sogro Labão, retornando à terra de seus pais. Agora, já com sua grande familia, suas esposas Leia e Raquel e os filhos que o Eterno lhe dera.

Ele se aproveita de quando Labão sai para fazer a tosquia de suas ovelhas e vai embora. Labão, avisado depois de três dias, acaba indo atrás de Jacó e o Eterno fala com Labão em sonho, dizendo pra não fazer nada com o nosso patriarca.

O que aconteceu durante essa saída de Jacó? Sua esposa Raquel, por uma circunstância que a Torah não declara, cometeu um erro:
Gn 31:19 diz: “Raquel furtou os ídolos do lar que pertenciam a seu pai.”

Em primeiro lugar, quando ela aceitou se casar com Jacó, também aceitou sua fé, seu Deus, e abandonaria os deuses de seu pai. Mas como vimos, ela, ao fugir, furtou os idolos de seu pai e levou escondido, inclusive de Jacó. 

Esse é um problema de relevância. Quando você sai de uma religião pagã, em busca da fé judaica, é preciso abandonar seus deuses pagãos. É preciso “cortar o cordão umbilical” e todos os vínculos com tradições pagãs. Raquel não conseguiu. 
Ela sabia que era errado, pois do contrário teria dito a Jacó. Ela ocultou de seu marido o fato de ter furtado os deuses de seu pai. Isso causou também a ela uma série de consequências.

Pirkei Avot 4: 2 diz: “Uma boa obra tem sempre como consequência outra boa obra. Um pecado tem sempre como consequência outro pecado.” Foi o que aconteceu com Rebeca. 
Gn 31:35 E ela disse a seu pai: Não se acenda a ira nos olhos de meu senhor, que não posso levantar-me diante da tua face; porquanto tenho o costume das mulheres. E ele procurou, mas não achou os ídolos.

Quando Labão procurava por seus ídolos, Raquel, para não ser encontrada, mentiu a seu pai, dizendo que estava com o costume das mulheres. 

Além do furto, ocultou do marido a verdade, mentiu para o pai, e como consequência sofreu o que disse Jacó: “Com quem achares os teus deuses, esse não viva...Pois Jacó não sabia que Raquel os tinha furtado.” (Gn 31:32) 
Ela morreu no parto de seu filho Benjamin.

Essa atitude de Raquel foi bem diferente da demonstrada por Rute, a moabita, que mesmo instada por Noemi a voltar para seus deuses e seu povo, não aceitou e disse a famosa frase: “Não me instes para que te deixe e me afaste de ti; porque, aonde quer que tu fores, irei eu e, onde quer que pousares à noite, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus.” (Rt 1:16)

Raquel foi a única das matriarcas a ser sepultada fora de Machpelah, em Hebron. Ela foi sepultada em Belém, conforme Gn 35:19. Ainda que ela foi a mais amada esposa de Jacó, quem teve o mérito de ser sepultada junto aos patriarcas foi sua irmã Léia: 
Gn 49:31 Ali, sepultaram Abraão e Sara, sua mulher; ali, sepultaram Isaque e Rebeca, sua mulher; e, ali, eu sepultei Léia.

As escolhas que fazemos em nossa vida são aquelas que determinarão se nosso lugar será junto aos patriarcas, ou se será em algum lugar perdido no meio do caminho. 
São nossos atos que vão determinar se teremos um lugar no Olam Habah, no Mundo Vindouro, ou se tombaremos espiritualmente durante a nossa caminhada e não chegaremos aos dias do reino dos céus (Malchut HaShamayim). 

Por isso o gesto de Raquel, o simples gesto de carregar escondido os deuses toma uma relevância espiritual tão grande. Cabe a nós decidirmos se abandonaremos os deuses de onde viemos ou se continuaremos a os carregar escondidos. 

Shemah Yisrael, Adonai Elohenu, Adonai Echad!
Ouve Israel, o Eterno é Nosso Deus, o Eterno é UM!

sábado, 14 de novembro de 2015

Toledot e a vingança ou a paz. Você que escolhe!



Gn 27:41 - Passou Esaú a odiar a Jacó por causa da bênção, com que seu pai o tinha abençoado; e disse consigo: Vêm próximos os dias de luto por meu pai; então, matarei a Jacó, meu irmão.

A parashah de Toledot mostra o conflito entre os irmãos Esau e Jacó e aprendemos muitas lições baseados nisso. A questão principal é como lidamos com esses conflitos, e qual sua origem.

Os gêmeos Esaú e Jacó já brigavam desde o ventre da mãe (Gn 25:22) e irmãos eventualmente brigam, discutem, em busca de ganhar seu próprio espaço no lar, entre a família. Mas Esaú e Jacó já era profetizado que teriam conflitos maiores, e o mais velho serviria ao mais novo, conforme os versos bíblicos nos ensinam. 
Esaú nasceu primeiro, Jacó saiu agarrado ao seu calcanhar.  Desde a infância mostravam que cada um tinha personalidade diferente, um era caçador, outro mais tranquilo, caseiro. 

Jacó, aproveitando-se de uma oportunidade comprou o direito de primogenitura de seu irmão Esaú; comprou baratissimo aliás, em troca de um simples prato de lentilhas. 
Muitas vezes agimos como Esaú, trocando algo valioso por outra coisa muito barata e de benefício passageiro e momentâneo. Esaú estava com fome, e trocou por um prato de comida todo o seu futuro.

Quando seu pai, Isaque, já idoso e cego, viu que era o momento de abençoar seus filhos, Jacó se aproveitou da situação e recebeu a bênção em lugar de Esaú. 
Ao perceber que Jacó tomou sua bênção e que não restara muita coisa para ele, Esaú, instantaneamente deixou seu coração ser invadido pelo ódio, rancor, e todo sentimento negativo com relação ao irmão. Ele prometeu pra si mesmo, assim que o pai falecesse, ele iria matar seu irmão.

Evidentemente não aconteceu o que ele planejava, mas por quanto tempo Esaú alimentaria esse sentimento negativo com relação ao seu irmão? Quanto tempo guardamos sentimentos negativos com relação aos outros? 

De fato, quando somos enganados, quando pessoas se aproveitam de nós, e tiram vantagem, isso gera em nós um sentimento negativo, ruim, de revolta, angústia... muitas vezes dizemos: “nunca mais quero ver tal pessoa na vida!” ou “se eu cruzar com tal pessoa, eu juro que a mato” ou outras frases dramáticas.

Somos aquilo que alimentamos dentro de nós, e há uma frase famosa que diz: “Guardar ressentimento é o mesmo que tomar veneno e esperar que o outro morra” e alimentar esse tipo de sentimento só vai fazer mal a nós mesmos. 

Vejamos o que diz o profeta Amós:
Am 1:11 - 11  Assim diz o SENHOR: Por três transgressões de Edom e por quatro, não sustarei o castigo, porque perseguiu o seu irmão à espada e baniu toda a misericórdia; e a sua ira não cessou de despedaçar, e reteve a sua indignação para sempre.

O Eterno castigaria a Edom (Esaú) por ter retido a indignação para sempre, banido a misericórdia e uma ira que não cessava, perseguindo seu irmão Jacó. 

Imagina que alguém te prejudique em determinada circunstância, e você se sinta tão prejudicado que isso lhe encha seu coração de ira. Onde vai te levar isso? 
Ficar irritado não é pecado. O pecado está no que você faz com sua ira. Vejamos:

Salmos 4:4  Irai-vos e não pequeis; consultai no travesseiro o coração e sossegai.
Esse salmo é cheio de ensinos fantásticos. Irai e não pequeis. Fique irritado sim, mas pense no que você vai fazer. O salmo conclui com:
Sl 4:7,8 Mais alegria me puseste no coração do que a alegria deles, quando lhes há fartura de cereal e de vinho. Em paz me deito e logo pego no sono, porque, SENHOR, só tu me fazes repousar seguro.

É Deus quem coloca alegria no nosso coração, e não importa se os outros estão com fartura na mesa, com comidas e bebidas. O que vale, no fim das contas, é a gente dormir em paz, porque nossa paz vem de Deus. 

Na Brit Chadashah diz: 
Ef 4:26 ,27 Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira,  nem deis lugar ao diabo.
Se alguém te faz o mal, se você se sente prejudicado, deixe sua ira passar, não fique alimentando sentimentos negativos; é você quem estará tomando veneno e não pense que o outro é que vai morrer. 

Nossa bênção, nosso alimento, nossa paz, vem do Eterno e pouco importa se aqueles que nos fazem mal alcançam a prosperidade, se dão bem, ainda que momentaneamente. 
Cada um só pode dar aquilo que tem; o que temos a oferecer? Um coração limpo, puro, cheio de sentimentos de generosidade ou um coração cheio de mágoas, desejos de vingança e morte?

Que Deus nos abençoe com um coração puro e noites tranquilas de sono e paz! Shabat shalom!

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Lições da morte de Abraão em Chayeh Sarah



A parashah é chamada de Chayeh Sarah, “a vida de Sarah” e relata basicamente o que acontece após a morte da matriarca Sarah. Não diz nada sobre a vida dela, sobre como ela era, o que ela fez, mas apenas fala da sua morte.

Sarah morreu em Hebrom e lá foi sepultada por seu esposo Avraham. Posteriormente, na aliah de hoje (Gn 25:7-11) o próprio Avraham foi sepultado junto dela, na caverna de Machpelah.

Gn 25: 7,8  “Foram os dias da vida de Abraão cento e setenta e cinco anos. Expirou Abraão; morreu em ditosa velhice, avançado em anos; e foi reunido ao seu povo.”

Nosso patriarca viveu bem intensamente seus 175 anos e atingiu uma velhice feliz. Ele teve uma vida cheia de situações, riqueza, fome, mulher estéril, depois muitos filhos, enfim, ele viveu momentos difíceis e momentos felizes, como todos nós, mas no fim dos seus dias, Avraham pôde olhar pra trás e ver que foi feliz. Ele foi “reunido ao seu povo”, quer dizer, quando foi sepultado por seus filhos, ele foi pra mesma caverna onde estava Sarah, sua amada esposa. 

Nossa vida pode ter altos e baixos, momentos bons e ruins, mas no fim, o que vale é estarmos juntos de nosso povo. De que valeria ganhar o mundo e perder nossos familiares? É preciso valorizá-los enquanto estamos juntos, vivos, e desfrutar de momentos preciosos juntos. Depois de mortos, não teremos mais tempo para desfrutar. 
Avraham, na sua morte, teve seus dois filhos, Ishmael e Itschak juntos novamente. Alguns dizem que Ishmael buscara o arrependimento e no fim de seus dias, Avraham pôde ver seus filhos em paz. Triste é quando vivemos em guerra e só nos reunimos no momento de sepultar alguém a quem amávamos. Aproveite a vida, esteja com os seus amados, saiba atingir sua velhice de forma feliz, como Avraham.

Gn 25:9-10 Sepultaram-no Isaque e Ismael, seus filhos, na caverna de Macpela, no campo de Efrom, filho de Zoar, o heteu, fronteiro a Manre,  o campo que Abraão comprara aos filhos de Hete. Ali foi sepultado Abraão e Sara, sua mulher. Depois da morte de Abraão, 

Esse texto é bem relevante e nos mostra também situações  comuns em nossa vida, mas que precisamos estar atentos. 
Como vimos, Abraão foi sepultado com Sarah, e o texto diz: “no campo em que Abraão comprada aos filhos de Hete”. 
É sempre ruim falar da morte, mas estamos nós preparados? Não digo apenas espiritualmente (que é o mais difícil) mas materialmente. Abraão já havia comprado o terreno, já havia sepultado Sarah e seus filhos já sabiam onde deveriam sepultá-lo. 
Muitas vezes as pessoas não falam sobre a morte, por terem receios, por ser um tabu, e isso é uma grande ignorância. Todos morreremos e isso é parte do processo da vida. Se falarmos sobre isso com nossos familiares, não estaremos atraindo a morte, mas deixando nossos queridos tranquilos. 
É preciso ter maturidade, falar se tem plano funerário, explicar situação financeira, contas em quais banco, etc... são coisas simples, mas no momento dificil, nosso familiares poderão lidar com a situação de maneira mais “tranquila”. Alguns acham: “ah! se eu tiver que falar a senha do banco pra minha mulher, pra meus filhos, ... ” Então tá, e se você morrer? Adiantou o quê eles não saberem quanto você tem no banco? Adiantou o quê ter plano funerário e não contar pra familia? Nada, e eles ainda terão que pagar por algo que eventualmente já esteja pago. O mesmo vale para seguro de vida, planos de aposentadoria, etc... deixe seus amados saberem, afinal são eles os herdeiros, tanto das riquezas, quanto das dividas. 
Por falar em dívidas, Avraham morreu sem ter dívidas com ninguém. Procure manter suas contas em dia, e como disse Shaul HaShaliach: “a ninguém deveis coisa alguma, a não ser o amor.”

Gn 25:11 - Deus abençoou a Isaque, seu filho; Isaque habitava junto a Beer-Laai-Roi.
Interessante observar que quando Avraham morreu, seu filho Isaque tinha 75 anos, os mesmos 75 anos que Avraham tinha quando foi chamado pelo Eterno. 
Ainda que em Gn 25:5 diga que: “Abraão deu tudo o que possuía a Isaque” as riquezas materiais não representam bênçãos de D-us. E nosso Senhor só abençoou Isaque, transferindo a ele aquilo que pertencia a seu pai, a bênção do Eterno, quando Isaque já tinha seus 75 anos.
Como filhos, devemos procurar ser dignos de ser abençoados pelo Senhor. E como fazer isso? Honrando nossos pais. Pois como foi dito:
Ef 6:2,3 - Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.

Que as bênçãos do Eterno estejam conosco essa semana e bom shabat a todos!

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Chayeh Sarah, casamento, solidão e casamento





A parashah é chamada de Chayeh Sarah, “a vida de Sarah” e relata basicamente o que acontece após a morte da matriarca Sarah. Não diz nada sobre a vida dela, sobre como ela era, o que ela fez, mas apenas fala da sua morte.

Sarah morreu em Hebrom e lá foi sepultada por seu esposo Avraham. Posteriormente, outros de nossos patriarcas e matriarcas lá foram sepultados também. 

Com sua morte, o filho Isaque (já perto de seus quarenta anos) ficou sozinho e então Avraham, nosso patriarca, enviou seu servo Eliezer para buscar uma esposa para Isaque. 

O capítulo 24 fala exclusivamente do casamento de Isaque, e conclui com o verso que diz que: 
“Isaque trouxe-a para a tenda de sua mãe, Sara, e tomou a Rebeca, e foi-lhe por mulher, e amou-a. Assim, Isaque foi consolado depois da morte de sua mãe.”

Isso mostra o quanto o papel da esposa, como “substituta” da mãe é importante. Rebeca foi capaz de trazer o consolo que Isaque precisava, ocupando carinhosamente o espaço deixado pela morte de Sarah no coração de Isaque.

Agora sim, podemos entrar na aliah de hoje (Gn 25:1-6)
Gn 25:1 diz: “Desposou Abraão outra mulher; chamava-se Quetura.” 
Rashi, famoso sábio intérprete da Torah, que viveu cerca de 900 anos atrás, dizia que Quetura era a mesma serva Agar, e que o nome Quetura vem de “Ketoret” que significa incenso, pois suas obras eram tão boas e agradáveis quanto incenso. 
Independente do fato de ser a mesma Agar ou não, em 1 Cr 1:32, fala de Quetura como uma das concubinas de Avraham, mas podemos ver que, enquanto Sarah estava viva, não é citado o fato de Avraham ter concubinas, e ela viveu com ele até que ele tivesse seus 137 anos de idade. 
Em Gn 25:7 diz que Avraham viveu até os 175 anos, portanto, desde a morte de Sarah, nosso patriarca viveu mais 38 anos. 

De vez em quando, nas rodas de bate-papo, discute-se que se a esposa morrer, o marido deve se casar de novo ou não e vice-versa. E aí? Sim ou não?

Acredito que essa seja uma questão mais de cunho pessoal,  de necessidades individuais e não de se podemos ou não. Para quem está de fora, é sempre muito fácil emitir julgamentos. 
Muitos dizem: “Ah! o marido mal faleceu e a mulher já está arrumando outro casamento; isso é errado!” E qual deve ser o período que a pessoa deve esperar? 

Bom seria se o casal morresse junto, em ditosa velhice, mas sabemos que a realidade é outra. Se Avraham não se casasse, ele teria que viver 38 anos sozinho; no entanto, ele que foi um bom marido para Sarah, diante da fatalidade da morte da esposa, já com seus 127 anos, tratou de resolver a vida do filho, casando-o com Rebeca, e depois cuidou de si mesmo, casando-se novamente e tendo outros seis filhos com Quetura.  

Isso mostra que Abraão era um homem cheio de vida, e teve a satisfação de continuar a gerar filhos, ainda em sua velhice.   E esses filhos jamais ficaram desamparados, pois receberam atenção e presentes do patriarca; por outro lado, Isaque foi o filho que recebeu como herança aquilo que o pai possuía (Gn 25:5)  

Assim como Avraham, a bíblia traz uma série de outros personagens que tiveram a chance de um novo casamento, de seguirem a vida. 
Rute, por exemplo, com a morte do marido, foi orientada por Naomi, sua sogra, a procurar voltar para Moabe e reconstruir a vida com seu povo; no entanto, ela foi com Noemi e acabou se casando pela segunda vez, com Boaz. Da descendência dela veio o Rei David e o Mashiach de Israel. Se fosse errado, Mashiach não viria de Rute.
Na Brit Chadashah, os saduceus, ao questionarem Yeshua acerca da ressurreição citaram, em Mt 22, um caso de uma mulher que teve a infelicidade de se casar e ficar viúva por sete vezes... 

Uma pessoa que se casa pela segunda, terceira vez, independente do fato de ter ficado viuva ou de ter tido a infelicidade de um casamento ruim e o divórcio, tem o direito de buscar sua felicidade; nós, como pessoas de bem, que procuram sempre ver e torcer pelo bem do próximo, devemos orar e olhar para que todos possam encontrar um cônjuge que lhes complete e que vivam uma vida conjugal plena de realizações. 

Mas, se alguém ficar viúvo, seja jovem ou velho, e decidir seguir a vida sozinho, que essa pessoa também possa encontrar a felicidade à sua maneira. O que ninguém merece é viver a infelicidade de terminar seus dias na completa solidão.