quarta-feira, 5 de junho de 2013
Lição da vara que floresce
Parashah de Corach, Nm 16:1 a Nm 18:32
Nm 17:10 Então, o SENHOR disse a Moisés: Torna a pôr a vara de Arão perante o Testemunho, para que se guarde por sinal para os filhos rebeldes; assim, farás acabar as suas murmurações contra mim, e não morrerão.
É interessante observar o comportamento de Moshê e Aharon com relação aos que questionavam sua autoridade, mesmo logo após terem morrido os homens de Coré, que acabara de levantar uma rebelião contra Moshê. Isso nos traz grandes ensinamentos.
Primeiro: não importa os sinais, sempre haverá quem questione a autoridade do líder. Miriam e Arão haviam questionado Moshe e ela ficou imediatamente leprosa. Isso não assustou ninguém... pois logo em seguida Coré se levanta, com 250 homens.
Segundo: quem questiona quase sempre não tem nenhuma obra digna de ser apresentada em seu próprio mérito. Analise: O que de bom Coré, Datã e Abirão haviam feito em favor do povo?
Terceiro: um líder não deve esperar reconhecimento por parte dos seus liderados. Por isso mesmo, levantar-se diante de um zaken não é sinal de reconhecimento, mas apenas cumprir uma mitsva, e de certa forma, muita gente o faz apenas para não ser mal visto diante da congregação.
Quarto: Um líder de verdade se preocupa com as consequências de seu povo, ainda que eles não mereçam e que ele possa ser prejudicado.
Nm 16:44-50 Então, falou o SENHOR a Moisés, dizendo: Levantai-vos do meio desta congregação, e a consumirei como num momento; então, se prostraram sobre o seu rosto, e disse Moisés a Arão: Toma o teu incensário, e põe nele fogo do altar, e deita incenso sobre ele, e vai depressa à congregação, e faze expiação por eles; porque grande indignação saiu de diante do SENHOR; já começou a praga. E tomou-o Arão, como Moisés tinha falado, e correu ao meio da congregação; e eis que já a praga havia começado entre o povo; e deitou incenso nele e fez expiação pelo povo. E estava em pé entre os mortos e os vivos; e cessou a praga. E os que morreram daquela praga foram catorze mil e setecentos, fora os que morreram por causa de Corá. E voltou Arão a Moisés à porta da tenda da congregação; e cessou a praga.
Quem em sã consciência no meio de uma praga, morrendo gente, tendo recebido uma ordem do Eterno para sair do meio do povo, ousaria desobedecer e correr, buscando expiar o pecado do povo? MOISÉS e ARÃO.
Arão correu, ficou parado no meio do povo, entre os vivos e os mortos. Imagine-se você no lugar dele. Tendo sido perseguido minutos atrás por aquelas mesmas pessoas, ele saiu diante do Eterno para expiar o pecado deles.
Lá se foram 14700 pessoas, mas morreriam TODOS. A praga só cessou diante do precioso ato de grandeza dos líderes do povo. Um líder tem que ter grandeza. Por isso mesmo, Yeshua ben David, nosso Mestre, disse:
Mt 20:26-28 - quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.
Mas o que tudo isso tem a ver com o versículo inicial de Nm 17:10?
A vara de Arão estaria ali como um sinal para os rebeldes. Sim, sempre teremos rebeldes em nosso meio. Mas de vez em quando, quem sabe eles possam dar uma olhada na direção da vara de Arão, aquela mesma que floresceu e deu frutos.
Quem sabe os rebeldes se arrependam e a vara de Arão, aquela que floresce e dá frutos possa os livrar da morte.
Olhemos para o sinal, e mais uma vez a bondade de Moshê será capaz de livrar da morte os rebeldes.
sábado, 1 de junho de 2013
Shelach Lecha e o poder do exemplo
Nm 14: 6,7 - Josué, filho de Num, e Calebe, filho de Jefoné, dentre os que espiaram a terra, rasgaram as suas vestes e falaram a toda a congregação dos filhos de Israel, dizendo: A terra pelo meio da qual passamos a espiar é terra muitíssimo boa.
A parashah de Shelach Lecha (Nm 13:1 a 15:41) é muito rica e interessante e podemos extrair dezenas de lições, essencialmente sobre o episódio dos espias.
Os dez espias que voltaram difamando a terra e com medo de seus moradores, acabaram causando sobre o povo todo um grande temor, tamanho que foram capazes de sentir o desejo levantar um líder que os levasse de volta para o Egito. Mas e qual a consequência da atitude deles e de Josué e Calebe?
Bom, a consequência deles foi o medo causado no povo e também o castigo dado pelo Eterno, em 40 anos de caminhada pelo deserto, como dito, um ano para cada dia em que espiaram a terra.
A atitude deles e também a de Josué se transforma em exemplo para gerações futuras. E exemplo é tudo!
Josué, ao lado de Calebe, falou bem da terra, exaltou e reforçou que sim, eles conquistariam a terra, não importa o tamanho do inimigo. Na haftarah dessa semana, quando Josué já era o líder dos israelitas e ordenou espias a verem Jericó, vejamos o que aconteceu:
Js 2:23,24 - Assim, os dois homens voltaram, e desceram do monte, e passaram, e vieram a Josué, filho de Num, e lhe contaram tudo quanto lhes acontecera; e disseram a Josué: Certamente, o SENHOR nos deu toda esta terra nas nossas mãos, e todos os seus moradores estão desmaiados diante de nós.
Primeiro, ele já não mandou doze espias, apenas dois, talvez como um sinal de que só os dois que falavam bem da terra seria suficiente. E a resposta deles: “certamente o Eterno nos deu toda esta terra nas nossas mãos, e seus moradores TODOS estão desmaiados diante de nós.”
Se você é um líder otimista, isso incutirá nos seus liderados um espírito de otimismo. Por outro lado, se você inspira o povo a ser medroso, ele o será.
Josué fez dos seus um povo que confiava no Eterno e buscava que eles vissem que sim, seriam vitoriosos. Seus espias tiveram o mesmo espírito, a mesma visão, e claro, os israelitas conquistaram a terra de Jericó. Para quem é como Josué, esses terão o benefício de ver as muralhas caindo.
Pense que tipo de pai, mãe, líder, você tem sido, e se você quer que seus filhos, membros, liderados sejam dignos de verem as muralhas de Jericó caindo diante deles ou se desejarão se acovardar e regressar ao Egito. Boa liderança para você!!!
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