terça-feira, 31 de julho de 2012

Deus perto ou Deus longe?


Na parashah dessa semana, Vaetchanan (Dt 3:23 a Dt 7:11) Moshê segue seu discurso ao povo de Israel, e diz: Pois que grande nação há que tenha deuses tão chegados a si como o SENHOR, nosso Deus, todas as vezes que o invocamos?”  (Dt 4:7)
Com isso, nosso mestre mostrava aos israelitas que eles tinham um grande privilégio, pois nenhum outro povo tinha acesso a seus deuses de forma tão fácil, e mais do que isso, nenhuma outra nação tinha D-us tão perto de si.
Como sempre, a maioria das coisas possuem um lado bom e o lado ruim. De bom, saber que D-us estava perto, mas isso tinha uma condição: “Nos aproximarmos dEle.”
Diferente do que muitas pessoas fazem hoje, exigindo que D-us mude sua vida, que cure as doenças, que sejam prósperos, pois não aceitam isso ou aquilo... nós precisamos saber que assim como um pai tem prazer em ser generoso e estar ao lado de seu filho obediente, o Eterno D-us tem prazer em que sigamos Seus mandamentos, e por isso Moisés prossegue dizendo: “E que grande nação há que tenha estatutos e juízos tão justos como toda esta lei que eu hoje vos proponho? Tão-somente guarda-te a ti mesmo e guarda bem a tua alma, que te não esqueças daquelas coisas que os teus olhos têm visto, e se não apartem do teu coração todos os dias da tua vida, e as farás saber a teus filhos e aos filhos de teus filhos.” (Dt 4:8,9) Foi D-us quem nos deu as leis, estatutos e juízos justos, e ao seguí-los, temos a plena certeza de estarmos fazendo o que é certo. Mas voltemos ao contexto de D-us perto, D-us longe.
Somos nós é que decidimos se queremos viver sentindo Sua presença bem perto. O profeta Isaías nos disse: “Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça.”

Se queremos ser ouvidos por Ele, se queremos sentir Sua mão estendida na nossa direção, Seus ouvidos voltados para nossa prece, é necessário andarmos de acordo com Ele, guardando Seus mandamentos. Simples assim...

É como aquela antiga brincadeira de quando éramos crianças e tinhamos que procurar por algo. Aí alguém dizia: “Tá frio... tá frio... tá esquentando, tá quente....” E assim seguia até encontrarmos o que estava escondido.
Quando pecamos voluntariamente, quando abandonamos a vontade de D-us, e quando O buscamos, Ele mesmo nos diz: “Tá frio, tá frio, tá congelando.” Por outro lado, quando somos bons filhos, obedientes, D-us diz: “Tá quente! Achou!”
São nossas iniquidades que nos dizem se sentimos D-us perto ou longe de nós. Se você está longe do Senhor, ainda há uma solução, como é dito: “se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra.” (2 Cr 7:14)
Quer D-us perto? então corra atrás disso, e comece a ouví-lo te dizer: “Tá esquentando, tá esquentando...” Pense nisso!

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Pinechas e o vestibular mais importante





Nessa parashah tem novamente o relato da contagem dos israelitas. Existem dois aspectos importantes nessa nova contagem que precisam ser analisados. A quantidade de pessoas e quem eram elas.

Primeiro analisemos a quantidade: Em Nm 26:51, temos: “São estes os contados dos filhos de Israel: seiscentos e um mil setecentos e trinta.” Esse é praticamente o mesmo número daqueles que foram contados tão logo os israelitas saíram do Egito: Em Nm 1:46 (um ano depois da saída do Egito) temos: “todos os contados foram seiscentos e três mil quinhentos e cinqüenta.”
Bom, aí alguém pode pensar que depois que os Israelitas saíram do Egito, morreram poucos, pois a diferença entre os que saíram e os que estavam por entrar na terra prometida, após quase quarenta anos de caminhada, é de exatos 1820 pessoas. Como pode ser essa contagem? E os que morreram nas pragas (só em Coré, foram 14700 homens e na praga por causa de Peor foram mais 24000).

Moshê nos traz a resposta, quando ele já contava os israelitas que entrariam na terra, já discutia a divisão das terras entre as tribos, e aí diz:
Nm 26:64-65 - Entre estes, porém, nenhum houve dos que foram contados por Moisés e pelo sacerdote Arão, quando levantaram o censo dos filhos de Israel no deserto do Sinai. Porque o SENHOR dissera deles que morreriam no deserto; e nenhum deles ficou, senão Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num.
Os que saíram do Egito são como aqueles que entram no ensino fundamental... todos têm um objetivo final: Passar no vestibular! No caso deles, entrar na terra prometida.
E como eles passaram, assim é a nossa vida. Entramos no pré, depois nove anos de ensino fundamental, depois mais três de segundo grau e aí vem o temido vestibular: Você estuda, estuda, estuda e quer ver seu trabalho coroado com seu nome na lista dos aprovado não é?

No vestibular da Terra Prometida, que foi muito mais difícil, dos 603.550 alunos, só 2 foram aprovados. Todos os demais que entraram, eram de uma nova geração de alunos.
Nossa teshuvah pessoal representa o mesmo processo, onde todos partem em rumo de um objetivo, chamado Olam Habah. No deserto, muitos já caíram, outros cairão, mas quem estará de pé ao fim da jornada? Só os Josués e os Calebes, que perseveraram o tempo todo, no caminho certo. Pense nisso! Quer ver seu nome na lista de aprovados do Mundo Vindouro? Então se prepare hoje. Não perca seu tempo precioso em coisas que só tirarão seus olhos do objetivo final. Dedique-se porque não há nada mais gratificante do que olhar seu nome na lista dos aprovados, de preferência com louvor!